sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Mas será o Norato?

29/11/2007 – O dia em que a terra tremeu...

Um terremoto de intensidade 7.4 na escala Richter deixou um rastro de destruição na Martinica. Dez minutos depois foi sentido em Belém, 2.269 km distante do epicentro. A coisa toda durou menos de 20 segundos e o que se viu foi uma cena inacreditável: pessoas desceram correndo dos edifícios em que se encontravam. Muita gente achou que morreria naquele momento. Os geólogos disseram que as placas tectônicas se movimentaram e o que vivenciamos aqui foi uma bobagem – coisa de 2 pontos na escala que mede a intensidade de tremores de terra.
Há, no entanto, uma outra versão. Digamos que nessa, eu acredito mais: a cobra grande (“Norato”, para os íntimos), que vive sob a cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, teria se mexido... Raul Bopp é quem tem razão.

Cobra Norato - resumo
No ventre da noite, o poeta estrangula a Cobra Norato e enfia-se em sua pele elástica para sair dos confins da floresta amazônica em direção a Belém do Pará, em busca da filha da Rainha Luzia, com quem ele quer se casar.
(...) Norato avança e cumpre as missões impostas pelo mascarão que encontra no meio do caminho: passar por sete portas, ver sete mulheres brancas de ventres despovoados, guardadas por um jacaré; entregar a sombra para o Bicho do Fundo; fazer mirongas na lua nova; beber três gotas de sangue. Norato cumpre as provas, mas não encontra a moça. Avança sozinho pela selva insone. O entusiasmo inicial cede a um certo desalento: 'Onde irei eu que já estou como sangue doendo das mirongas da filha da rainha Luzia?'
(...) Onde afinal andará a filha da rainha Luzia? (...) tatu avisa: começa naquele dia a maré grande. Os dois rumam, pelo mangue, paras as bandas do Bailique. Querem ver chegar a pororoca. Quando a lua cheia aponta, vem a onda inchada, rolando em vagalhões. Na força da enchente, eles navegam para uma polpa de mato onde Norato descansa e cisma: 'o que é que haverá lá atrás das estrelas?' Mas a fome aperta e dois vão para o patirum roubar tapioca. Na casa das farinhadas grandes, as mulheres trabalham nos ralos mastigando os cachimbos. Joaninha Vintém conta o causo do boto que a surpreendeu enquanto lavava roupa. Vendo a animação da festa, Norato e o tatu viram gente. Cantam, dançam os chorados de viola, bebem cachaça. Na hora de partir, Joaninha Vintém quer ir junto, mas Norato não aceita. Pegam o corpo que ficou lá fora e continuam viagem. (...) "Navio não", corrige o tatu. "É a Cobra Grande". Quando começa a lua cheia, ela aparece para buscar moça virgem. Enquanto a visagem vai se sumindo paras bandas de Macapá, Norato resolve: quer ver o casamento da Boiúna. (...) Na casa da Boiúna, um cururu se posta de sentinela. Norato esgueira-se pelos fundos da grota e avista a noiva, que não é ninguém menos que filha da rainha Luzia.

Mas Cobra Grande acorda e começa a perseguição sem fim. Norato pede a tamaquaré, seu cunhado, que corra imitando seu rastro e entregue o seu pixé na casa do pajé-pato. Em cima da hora! Cobra Grande passa rasgando caminho. Chega à morada do pajé que lhe ensina o caminho errado: 'Cobra Norato foi pra Belém se casar'. E lá se vai a Boiúna direto para Belém. Entra no cano da Sé e fica com cabeça enfiada debaixo dos pés de Nossa Senhora. Cobra Norato volta para o Sem-fim, para as terras altas onde a serra se amontoa. Leva consigo a noiva, para estar com ela numa casa de porta azul piquininha pintada a lápis de cor. É lá que ele espera pela gente do Caxiri Grande, por Joaninha Vintém, pelo pajé-pato, por Augusto Meyer e Tarsila, por todo povo de Belém, de Porto Alegre e de São Paulo para a festa de casamento que há de durar sete luas e sete sóis.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Mimos de Natal

Uma listinha bem básica de presentes de Natal... Tem para todos os gostos...

Solitário Tiffany. R$ 238.128 - www.tiffany.com


O destino não importa quando a mala é de ouro. Gold Rimowa, a partir de R$ 3.100 / http://www.rimowa.com/



Programa de milionário! TV de plasma de 71” banhada a ouro, da LG. R$ 149.999 (no dia 19/11) www.lg.com.br

Os poucos que provaram, não esquecem esse sabor. Petrvs Pomerol, na Enoteca Fasano, por R$ 14.300. www.enotecafasano.com.br


Cadeira de balanço? Só se for assinada por Oscar Niemeyer. R$ 48.048 http://www.micasa.com.br/

Porque é Dezembro...

Adoro a seção "Olho Mágico", do UOL. Eis algumas fotos desta terça-feira, dia 27/11. Sintam o cheiro de Natal no ar...

Lua vista através de enfeite de natal, em Berlim, na Alemanha. Foto de Tobias Schwars/Reuters.

Estátua de Papai Noel coberta por neve após nevasca, na Alemanha


Bolas de Natal douradas em loja na vila de Chignahuapan, no México

Renas? Cadê Rudolph?



Vista geral do mercado de produtos de Natal em Frankfurt, na Alemanha.

domingo, 25 de novembro de 2007

O calor de Belém e os sucos

suco de abacaxi com hortelã

Lembrei de um comentário engraçadinho (que eu adotei para mim): "sob a linha do Equador e um calor Senegalesco de Belém, o melhor que se faz é tomar um suco".


Sempre alerto os visitantes de primeira viagem que o calor de Belém é fogo! Parece uma baforada quente em nosso rosto - já que as mangueiras concentram toda a umidade - e o melhor a se fazer é manter-se hidratado.


Testei uns sucos essa semana. Algumas misturas são inusitadas, mas valem a pena!


Suco de manga com limão
uma manga
2 copos de água
2 colheres (sopa) de suco de limão
gelo e açúcar a gosto
2 folhinhas de hortelã


Suco de abacaxi com hortelã
1 abacaxi descascado e cortado em cubinhos
1/2 maço de hortelã
cubos de gelo
açúcar a gosto (ou adoçante... ou nada)


Suco de tangerina com gengibre
2 tangerinas (sem pele e caroços)
uma colher de sopa de gengibre fresco bem picadinho
4 folhas de sálvia
gelo
açúcar (a gosto) ou adoçante.


Suco de maracujá com canela e melão
2 maracujás
1/2 colher das de chá, bem rasa, de canela em pó
3 fatias de melão rajado
cubos de gelo
açúcar (ou adoçante) à vontade

Modo de preparo (comum) para todos os sucos:
bater os ingredientes no liquidificador até ficar homogêneo.

Minestrone


Ah, como eu AMO sopas!

Essa é uma receita tipicamente italiana e há tantas variações... Acho que cada mamma italiana tem uma.

Mas vale cada colherada... (tirei essa receita do "Panelinha" - a melhor até agora)

Ingredientes:

1/2 xícara (chá) de feijão-branco
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 colher (sopa) de manteiga
1 cebola média picada
1 cenoura cortada em cubos
1 talo de salsão cortado em rodelinhas
1 batata cortada em cubos
1/2 xícara (chá) de vagem cortada em rodelinhas
1 abobrinha com casca cortada em cubos
1/2 xícara (chá) de repolho ralado
1 l de caldo de carne (se for usar cubos, dissolva apenas 2)
1/2 lata de tomate italiano sem peles e pimenta-do-reino a gosto
1/2 xícara (chá) de parmesão ralado

Preparo:

1. Numa tigelinha, coloque o feijão branco e cubra com o triplo de água. Deixe de molho por 12 horas. 2. Lave a cenoura, o salsão, a vagem e a abobrinha sob água corrente. 3. Numa tábua, pique os legumes e o tomate italiano. Reserve o suco da lata do tomate. 4. Numa panela grande, aqueça o azeite e a manteiga no fogo baixo. Quando esquentar, coloque a cebola picada e mexa até ficar dourada. 5. O segredo para preparar o Minestrone é não colocar todos os ingredientes na panela ao mesmo tempo, pois cada legume tem o seu tempo de cozimento. Por isso, entre as adições dos legumes, deixe cada um cozinhar por 3 minutos, mexendo de vez em quando. Aumente o fogo para médio e acrescente os legumes na seguinte ordem: a cenoura picada, a batata em cubos, a vagem picada, a abobrinha em cubos e o repolho ralado. 6. Junte o caldo de carne, o tomate italiano picado e o suco da lata. Se estiver usando caldo em cubo, experimente antes de temperar com sal. Aumente o fogo e deixe ferver. Abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por 1 hora e 30 minutos. 7. Escorra a água do feijão branco e lave-o sob água corrente. Transfira para uma panela e cubra com água. Leve ao fogo alto e, quando ferver, abaixe o fogo. Tampe a panela e deixe cozinhar por 1 hora ou até que o feijão esteja cozido, porém os grãos não devem estar moles. Escorra a água e reserve o feijão. 8. Na panela com a sopa, acrescente o feijão e deixe cozinhar por mais 30 minutos. O Minestrone é uma sopa grossa, porém, se você desejar uma sopa mais fina, acrescente mais caldo de carne.9. No momento de servir, polvilhe a sopa quente com o queijo ralado.

Manga


Desde criança ouço advertências do tipo: "açaí com fruta, faz mal", "não pode comer manga com febre (!!!!!)", "manga com leite? Nem pensar.."
Tais "conselhos" são muito comuns. Não sei se é assim no restante do Brasil, mas viver em Belém tem dessas coisas também. Quando comecei a viajar sozinha, eis que me deparava com misturebas inusitadas: açaí com mel, granola e banana (éca...), mousses de manga, sorvete de manga (será que ninguém nunca se questionou quais os ingredientes do sorvete???).
Essa semana estava procurando textos e curiosidades para alimentar o outro blog (no Comunique-se: www.tomatoepotato.blog-se.com.br) e descobri esse texto aqui que é bem legal...

“Manga com leite não pode”. Pode sim, é tudo história. Assim, vale a pena aproveitar a safra que vai de novembro até janeiro e se esbaldar com a fruta, seja batida com leite, em saladas, molhos ou doces. Mas, é preciso certa atenção em comer manga à noite - não porque faça mal, mas por conta de uma indisposição ou dor no estômago.
A mangueira, originária da Índia, é uma árvore tropical que pertence à mesma família do cajueiro. O fruto varia muito em tamanho e cor. As mangas menores são do tamanho de uma nêspera, enquanto as maiores podem pesar até 2 kg. Quanto a forma existem as redondas, ovais, alongadas e finas, do formato de um coração e até mesmo de um rim. Em relação à cor, podem ter casca bem verde, amarela ou vermelha, de acordo com a variedade.
A polpa da manga é suculenta, com sabor bem característico, algumas vezes fibrosa e de cor que varia do amarelo-claro ao alaranjado-escuro. Variedades Dentre as cerca de 500 variedades de manga existentes no mundo, seguem as mais conhecidas: Bourbon – possui frutos grandes, saborosos e perfumados, caracterizando-se pela casca verde geralmente manchada de preto.

Coração de boi – essa variedade quase não tem fibra. É grande e arredondada; quando madura, apresenta uma tonalidade vermelho escura, com polpa tenra e aromática.
Espada – bastante fibrosa e muito doce, essa espécie tem fruto comprido e estreito, com casca esverdeada mesmo quando madura.
Espadão do norte – tem menos fibras que a espada, mas não é tão saborosa. Seu formato também é parecido, mas mais volumoso.
Háden ou Áden – considerada a mais bonita das mangas, tem a casca amarela e vermelha, quando madura. Sua polpa é macia e sem fibras.
Manga coquinho – é conhecida também por manguita, devido ao tamanho pequeno. Tem casca amarela e sabor delicioso.
Manga coração – seu formato lembra um pequeno coração. Possui casca rosada ou amarelo rosada e polpa um pouco fibrosa.
Keit – também quase não tem fibras. Sua polpa é macia e sua casca é verde arroxeada ou avermelhada.
Manga maçã – assemelha-se à manga manteiga no formato, mas sua casca é rosada e a polpa, também macia, é aromática e de sabor ácido.
Manga manteiga – é grande, arredondada, de casca verde clara amarelada e polpa macia, quase sem fibra.
Manga rosa – maior que a manga coração, por vezes é confundida com a manga maçã. Sua casca é rosada ou amarelo rosada e a polpa não contém fibras.

Propriedades Nutricionais
Encontra-se na manga um bom teor de carboidratos, betacaroteno (provitamina A), vitamina C, vitaminas do complexo B, ferro, fósforo, cálcio, potássio, magnésio e zinco. A vitamina A é o principal nutriente da manga e faz bem para os olhos e para a pele, por exemplo.

Uso no mundo
As mangas são também a matéria prima do famoso chutney de manga, de origem indiana e muito usado na Inglaterra e EUA. Trata-se de um molho para carnes feito de fatias da fruta cozidas com vários temperos como cebola, sal,m pimenta, açúcar, vinagre, curry, gengibre, coentro em pó, páprica e noz moscada.

Eis a receita:

Ingredientes
- 2 mangas maduras picadas
- 2 xícaras de açúcar mais 1/4
- 2 xícaras de vinagre
- 2 colheres de sopa de gengibre bem picado
- 2 dentes de alho cortados em fatias
- Meia pimenta vermelha picada
- 1/2 colher (chá) de sal
- 1 xícara de passas brancas picadas

Preparo:
Para fazer a calda, leve ao fogo alto o vinagre e o açúcar e mexabem até dissolver completamente o açúcar e formar uma calda bemgrossa. Quando a calda começar a ferver, é hora de juntar a manga. Mexa por cerca de 10 min até a fruta ficar bem macia, quase sedesmanchando. Depois, coloque todos os outros ingredientes. Mexa por uns 15 min até a calda reduzir bastante. O ponto ideal éo de um doce de colher.Está pronto o chutney de manga (acompanhamento ideal para carnes,quentes ou frias, aves, embutidos e queijos).



sábado, 24 de novembro de 2007

São Lorenzo - padroeiro dos cozinheiros


A história é a seguinte: em 258, o Imperador Valeriano perseguiu e matou o Papa Sisto II e seus outros seis diáconos, e intimou Lourenço a entregar toda a riqueza que a Igreja teria à Roma. Ele então fez uma lista de todos os aleijados, doentes, velhos e desvalidos e entregou ao Imperador. Como castigo, Valeriano resolveu assá-lo em uma grelha. Segundo o que se conta, em determinado momento Lourenço teria dito: "- Pode me virar, deste lado já está no ponto."

Sob o sol da Toscana


Frances (Diane Lane) era uma escritora americana bem sucedida, casada, com grandes amigos e alunos maravilhosos. Até que um dia, depois do final de seu casamento, a melhor amiga a presenteia com uma viagem pela romântica região da Toscana. Com pouquíssimo tempo para pensar (que dirá, fazer as malas), ela embarca para a Itália.

Chegando lá, numa tentativa de reconstruir a vida, ela compra uma casa em ruínas (a bela Bramasole) e à medida que vai reformando a nova moradia, vai dando forma à própria vida. Gosto muito de "Sob o sol da Toscana" por conta das belas, lindíssimas metáforas utilizadas no filme.

As melhores cenas (por que não todas?) são as que Diane Lane cozinha para os funcionários (poloneses!!!!) e descobrimos que São Lourenzo é o patrono dos apaixonados por Gastronomia e boa mesa.

Vale a pena. Do primeiro ao último minuto.



trailer do filme

Para quem ficou inspirado e gostaria de pegar o primeiro avião para a Itália - dicas de viagem: http://www.proximaviagem.com.br/revista/96/textos/157



Butterflies in my stomach



... e em todos os lugares da casa. Essa foi a trilha da semana inteira e, pelo visto, será da próxima também. Quanto ecletismo, não?

Cheese Cake diferente


Peguei essa receita no IG (do Panelinha). Testei e gostei (a calda é uma coisa de louco). Ei-la.

PARA A MASSA

Ingredientes:
1 xícara (chá) de bolacha tipo maisena triturada
1/3 xícara (chá) de manteiga em temperatura ambiente

Preparo: 1. Preaqueça o forno a 180°C (temperatura média). 2. Numa tigela, junte a bolacha triturada e a manteiga. Misture com as pontas dos dedos até formar uma farofa. Transfira para uma fôrma refratária de 15x25 cm e aperte bem com as costas de uma colher, cobrindo todo o fundo.3. Leve a massa ao forno preaquecido para assar por 10 minutos. Reserve.

PARA O RECHEIO

Ingredientes:
1 xícara (chá) de cream cheese
1/2 xícara (chá) de açúcar mascavo
2 colheres (sopa) de farinha de trigo integral
1 colher (chá) de essência de baunilha
1/2 xícara (chá) de creme de leite fresco
raspas de 1 limão
1 colher (sopa) de suco de limão
2 ovos

Preparo:
1. Preaqueça o forno a 180°C (temperatura média).2. Na tigela da batedeira, coloque o cream cheese, o açúcar, a farinha e a essência de baunilha. Bata até misturar bem. Junte o creme de leite, as raspas e o suco de limão e bata por mais 2 minutos. Pare de bater, raspe o fundo da tigela da batedeira com uma espátula para que todos os ingredientes fiquem bem incorporados. Mude a velocidade para média e acrescemte os ovos, um a um. Bata até obter um creme consistente.

PARA A COBERTURA (GELÉIA)

Ingredientes:
120 g de morango
750 g de uvas rosadas
3/4 xícara (chá) de açúcar
suco de 1/2 limão

Preparo: 1. Lave os morangos sob água corrente. Retire as folhas e reserve.2. Esprema as uvas, uma a uma, reservando as cascas. Transfira-as uma panela e leve ao fogo médio por 20 minutos.3. Passe as uvas cozidas por uma peneira. Reserve o caldo e despreze o bagaço. Volte o caldo para a panela e acrescente os morangos e as cascas das uvas. Leve ao fogo baixo e deixe cozinhar por 8 minutos ou até que fiquem macios. 4. Retire do fogo e transfira para o liquidificador. Bata por 20 segundos na velocidade média. 5. Coloque a mistura na mesma panela, acrescente o açúcar e leve ao fogo baixo por 10 minutos. Junte o suco de limão e deixe cozinhar por mais 8 minutos. Retire do fogo e reserve.

MONTAGEM:
Espalhe o recheio sobre a massa preparada e leve ao forno por 30 minutos ou até que, ao balançar a fôrma, o centro da torta esteja firme. Leve à geladeira. Na hora de servir, espalhe a geléia sobre o recheio.

domingo, 18 de novembro de 2007

Vai uma pimentinha aí?


Para não errar - qual vinho?

Amei essa dica.

Essa é pra quem nunca consegue escolher o vinho certo pro jantarzinho em casa entre amigos. Uma empresa californiana acaba de lançar uma linha especial de vinhos, cujo diferencial está nos rótulos de cada garrafa...
* A novidade é que a própria embalagem do vinho já diz com o que ele combina melhor....Pode ser com pizza, massa, carne, frango, e até salmão. E nada de ficar com um "pé atrás", e desconfiar das indicações, porque o responsável pela seleção é o badaladíssimo sommelier Ralph Hersom, expert no assunto.
* A novidade ainda não chegou no Brasil, mas para conhecer o site da empresa: http://www.winethatloves.com/wines.asp

Fonte: ig.

Receita (facílima) de sorvete caseiro


Ingredientes:


1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite

1 pacote de gelatina (qualquer sabor)


Mãos à massa:

1. Faça o pacote de gelatina e reserve, bata o leite condensado e o creme de leite no liquidificador e misture com a gelatina.
2. Leve ao freezer. Depois de congelado, bata novamente e sirva.


Dicas:

Além, da gelatina, sempre opto por pedacinhos de frutas (as em calda, de preferência): pêssegs, cerejas...


Faça a gelatina só com água quente. O resultado é bem melhor.

I've got you (under my skin) - Sinatra e Bono



Enquanto atualizava o blog...

Sinatra passou uma vida sendo investigado por sua ligação com a máfia ítalo-americana. Fato mesmo era sua predileção por vinhos, massas e o uísque predileto - Jack Daniels.

"Blue Eyes" tinha bom gosto - mulheres e vinhos. Sabe-se também que amava um filé, ao ponto, acompanhado de bons vinhos tintos e... Ava Gardner.


finaliza.

Cairu - momento "break" da semana
















Tive uma consulta médica na terça-feira (rotina) e enquanto esperava (aliás, esperei 5 looooongas horas), resolvi dar uma volta. Lembrei (dentro do elevador) que estava perto de um dos meus lugares prediletos em Belém: o parque da Residência. E já que estava fazendo um calorão mesmo...
Para quem não conhece Belém: o Parque da Residência é a antiga residência dos governadores do Pará. Totalmente revitalizado, ganhou um museu, um teatro, um orquidário, um viveiro de araras, mangueiras gigantes, um teatro arena e espaço para gastronomia. Lá funcionam um restaurante (que eu adoro) e, dentro de uma antiga Maria-fumaça, a Cairu, sorveteria símbolo de Belém. As fotos são minhas.

Resuminho da semana

Eu ia esquecendo...
Na volta para a Belém, encostamos o carro num trecho da BR-316 e nos deparamos com um milhão de frutas. Trouxemos manga e mangostão. Ah, a pupunha também veio... para felicidade da Mari e mamãe (que comeram há pouco. Café preto é o acompanhamento obrigatório)


Há pouco...
Yan. Num momento especial, em que tentava alcançar a webcam do note. Ok, tirei a webcam.




Domingo




De volta à Belém, com a mente relaxada e muita saudade desta minha cozinha virtual, momento de "tomatar" e "potatar".




Sábado




Em Salinas (uma das minhas versões de Pasárgada). Family reunida para o aniversário da Mirna (de quem já falei em um post) e fui para a cozinha fazer a sobremesa: torta de queijo com goiabada (fiz na semana passada, lembram?), em receita repaginada. Desta vez ganhou ares mais sofisticados (o que o ar de praia não faz com a gente, right?): um cheese cake.


Depois mando a receita.



Terça-feira




Zarpei de Belém na 4a feira a noite e minha semana gastronômica foi em versão reduzida. Lá vamos nós à Joana again.


Joana ligou para o meu ramal na 3a feira: "Lorena, eu preparei salada de camarão para o almoço e trouxe um bolo de chocolate para sobremesa. Você vai querer?"



Há uma característica minha que "poucos" devem ter notado: troco o almoço pela sobremesa. Óbvio que preferi o bolo que, segundo a Joana, "sentou (solou) um pouco, mas ficou bem molhadinho". Hum.....

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Frescurinhas tecnológicas

Nem tudo que reluz é ouro... pode ser cristal swarosvki

Pen drive, em forma de cadeado.

outro pendrive, em forma de coração e que pode ser utilizado com pingente (quem vai dizer que não é?)


Notebook com cristais... (tanto no detalhe como na capa)


iPod... mais cristais.

O filme do final de semana - La Môme


Sou chorona assumida. Nunca escondi de ninguém que me emociono com coisas simples, pequenas, mesmo.

Um amigo, Aurélio, me emprestou - La Môme - apelido da minha querida Edith Piaf e não tenho palavras para descrevê-lo. Emocionei-me diversas vezes e se puderem, assistam!

Para dar vontade, deixo o trailer. O poster. Um vídeo da Piaf...
Piaf cantando "La Vie en Rose"
Trailer do "La Môme"

Mousse de espinafre

Serve para acompanhar carnes vermelhas, brancas, mariscos.

Mousse de Espinafre

Ingredientes:
1/2 litro de leite
1/2 litro de creme de leite
½ maço de espinafre picado (400 g)
2 colheres (sopa) de farinha de trigo (20 g)
2 colheres (sopa) de manteiga (24 g)
2 envelopes de gelatina sem sabor (24 g)
Sal e noz-moscada a gosto

Modo de Preparo:
Coloque numa panela 1 copo do leite e o espinafre e cozinhe em fogo baixo por 10 minutos. Reserve.
Noutra panela, doure a farinha de trigo na manteiga. Em seguida, adicione, aos poucos, 2 copos de leite (o que sobrou do meio litro) e deixe cozinhar, mexendo sempre, por 10 minutos ou até formar um creme. Reserve. Coloque, no liqüidificador, o espinafre e o creme de leite. Bata até formar uma massa homogênea. Se preferir, aproveite o leite no qual o espinafre foi cozido. Leve a massa para uma panela, junte o creme, a gelatina dissolva (conforme as instruções da embalagem), o sal e a noz-moscada. Misture e despeje numa fôrma untada. Leve para gelar por 3 horas.

Tirinhas - amo muito tudo isso.

Há blogs e sites específicos, só para tirinhas. Bom começo de semana!







sábado, 10 de novembro de 2007

Torta de queijo cuia com goiabada

creme de queijo já dentro da massa. A forma é de fundo removível.

Depois de pronta



Noite de sexta-feira (vocês notaram que esta sexta está rendendo vários posts aqui?).
Eu ia sair com um casal de amigos. Nosso programa era certo: pizza e vinho. Mas eles me ligaram, dizendo que houve um imprevisto e deixamos para outro dia.
Gosto dos ócios criativos - e é o que sempre me acontece, toda vez que me vejo sem nada para fazer.
Propus à Marília testar uma receita: torta de queijo cuia com goiabada (não sou amante de goiabada, não, mas não posso discordar do que a maioria idolatra). Ela foi ao super fazer as compras da minha lista e quando chegou, ficamos conversando na cozinha. Esse foi o resultado (fotos).
Não sou uma mulher de medidas exatas. Gosto do meu "olhômetro".
Para a massa: trigo, manteiga (manteiga, mesmo, tá?), uma clara de ovo, 6 colheres de água gelada e meia xícara de açúcar. Misture tudo e deixe descansar por meia hora. Depois coloque em uma forma de fundo falso e asse. Quando estiver dourada, retire e reserve.
Creme de queijo: duas latas de leite condensado, uma lata de creme de leite, 1 xícara de parmesão ralado, duas xícaras de queijo cuia ralado. Bata tudo no liquidificador e leve ao forno para engrossar (cuidado, porque o queijo faz a massa ficar muito consistente e sob fervura, ela "pula"). Tem quem opte por colocar um envelopinho de gelatina sem sabor para dar firmeza. Deixe esfriar.
Coloque sobre a massa, já assada, e leve à geladeira por 4 horas.
Goiabada: corte a goiabada em pedacinhos e coloque em uma panela, com meia xícara de água. A tendência é que a goiabada vá derretendo, por conta da água fervente. Mexa e adicione umas folhinhas de hortelã e uma colher (das de sopa) de suco de limão (para quebrar o doce, mas é opcional... é que eu adoooooro limão).
Deixe esfriar e finalize espalhando o "creme" e goiabada sobre a torta já fria.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Absinto (ou histórias da "fada verde" - green fairy)


Lembrei de dois filmes que adoro e que abordam o consumo do Absinto: From Hell ("Do Inferno") e Dracula (do Bram Stoker).

Na Europa, o absinto faz sucesso nas noites "underground"

fonte: Jornal Le Monde

Banido em 1915 pela legislação francesa devido à luta contra o flagelodo alcoolismo, o absinto está alegrando as noites dos bares e dasdiscotecas descoladas na Inglaterra, na Alemanha, na Holanda e naSuécia. A ressurreição do absinto foi possível, de uma maneira indireta, por uma diretriz européia de 1988, que estabeleceu uma tolerância de até35 mg de thuyone (a molécula contida no caule da planta absinto) por litro nas bebidas destiladas. Na França, ela continua sendo uma bebida reservada a um nicho restrito e que é encontrada em apenas algumas adegas, em algumas quitandas de luxo e num grupo reduzido de bares retro ou "hype".

Mais sulfurosa de que um licor, mais romântica do que um "pastis"(destilado de anis tomado com água), a "fada verde" (nome que lhe foi dado por poetas impressionistas) destina-se ao "underground". Nos bistrôs de Praga, o sexto drinque é gratuito. "Der Phantom", "LaBoheme Bitter Spirit", "Starorezna Devil" ou "Hypnotic Absinthe": todos estes são os nomes que atraem os novos Verlaine, Pascin,Daumier.

Contudo, a bebida agrada.

Desde a "revolução de veludo", no início dos anos 1990, a República Tcheca se reconciliou com a sua tradição defabricação, proibida sob o comunismo. Em dez anos, ela tornou-se oprimeiro fabricante mundial da bebida. A Espanha, por sua vez, produz um absinto de cor vermelha ou preta, muito "Movida". Nos países que a recusam em seu território, como os Estados Unidos ou a Austrália, as encomendas feitas pela Internet permitem contornar a lei. A má reputação da bebida verde, que dizia-se causar a loucura, tornar cego e provocar convulsões, provém da thuyone. Quando absorvidaem excesso (no século 19, 1 litro continha 260 mg, contra 35 mg autorizados atualmente), freqüentemente esta molécula pode provocar desastres neurológicos. Os testes feitos no início do século 19 comprovaram este fato. Neles, injeções repetidas de thuyone foram dadas diretamente no fígado de animais, cada uma representando o equivalente a seis aperitivos com grau alcoólico de 72º: enquanto ofígado era relativamente pouco atingido, os danos cerebrais revelavam-se fulminantes.
cena do absinto (legendada em Inglês) em Dracula.

Resumo da semana

Segunda-feira
farinha (social e ecologicamente correta) feita em Bragança e embalada à moda antiga. Fabio colocou o cartãozinho do Slow Fodd ("para dar cor")


Quarta-feira
Aniversário do Fabio. Lá fomos nós... Momento "durante" da Panna Cotta



Momento pós, da Panna Cotta



Sexta-feira


Bolo de limão, com calda de chocolate. "Prova é me diz o que você achou, Lorena". Essa foi a proposta da Joana, mulher trabalhadeira, que fornece quentinhas para quem trabalha aqui na Reitoria e tem uma mão divina. Mas o bacana mesmo é que ela assou o bolo de limão numa mini-forma e colocou dentro de uma embalagem de alumínio. Claro que eu registrei... E, Joana, tava divino... (eu deveria ter fotografado o "depois").

sábado, 3 de novembro de 2007

Yan


Não sei se já tive a oportunidade em externar aqui quão prazeroso me é o ofício de "bloggar". Vai ver por isso é que dizem que a felicidade mora nas coisas mínimas, pequeninas mesmo: arrumar a mesa para seu café (ainda que você seja a(o) única(o) a tomar o desjejum), preparar o almoço com carinho, notar que sua receita saiu perfeita (do jeitinho que estava no livro), ouvir elogios, fazer o bem, ajudar alguém.


Particularmente, tem um menininho que me faz muito feliz, todos os dias. Quem me conhece, sabe que não gosto de exposição desnecessária - falo muito dos meus, mas procuro preservar a imagem deles, porque me são caros, queridos e quero-os (todos) muito bem. Pode ser apenas uma paranóia (só o tempo dirá), mas aqui, no Tomato & Potato, sinto-me muito à vontade - construi esse lar virtual que é a extensão da casa em que moro. Esse é o Yan Guapindaia, meu sobrinho, minha "vidinha", num momento especialmente "gastronômico" (por que não dizer de meleca total???). Vocês não podem imaginar o quanto ele me faz bem. Acordar ao som da voz dele (ok, ele não fala, mas tem um tal de "dédédédédé.. lego-lego-lego), da sua risadinha e o momento da sopa é o mais esperado do dia - porque teremos (ao final da sessão gourmet) sopa até na sobrancelha.


Por isso, fiquem a vontade. A casa é de vocês!

Fabio e Physalis


Tem uma história que o Fabio (Sicília) sempre conta nos workshops dele, principalmente quando se discute valorizar o que é da terra. Aliás, pedi licença a ele para contar essa história aqui.

Quando o Fabio foi morar na Itália (para estudar Gastronomia no ICIF), uns 15 anos atrás, apresentaram para ele uma frutinha lindinha, bem cara por lá (“já calculei em valores atuais e cheguei a ligar para um conhecido chef que mora lá, só para saber a cotação da fruta”, falou o Fabio dia desses): 54 Euros. Um absurdo: quase R$150 reais o quilo da fruta. A tal frutinha (que lembrava muito uma cereja desbotada, meio laranja) era vedete entre os chefs europeus e chegou a ser comparada com trufas negras (nossa!!!). “Não dava para trazer na mala, por conta do tempo de viagem”, ele disse.

Ele prometeu que quando voltasse para o Brasil, procuraria a tal fruta em São Paulo, parada obrigatória no retorno para Belém.

Saiu caminhando pelo Mercado Municipal de Sampa e encontrou a tal fruta: Physalis. Em terra tupiniquim, o valor da fruta era bem salgadinho, mas bem mais acessível que na Europa (uns R$50) e, convenhamos, de São Paulo para Belém seriam só 5 horas. Lá veio o Fabio, com as tais frutas na mão.

Dia seguinte: reunião com os funcionários do Dom Giuseppe – todos curiosíssimos pelas novidades do recém-formado chef e ele mais excitado ainda:
“Trouxe para vocês uma frutinha que é vendida a peso de ouro na Europa – Physalis é o nome dela, foi super cara”. Lógico que todos fizeram fila para ver e ao abrir o pacote. Logo, veio o ar de desapontamento... Um funcionário externou o sentimento coletivo:

“Ei Fabio, isso é camapu, dá no quintal de casa, é considerado mato aqui no Pará e eu sempre mando queimar... Ô gostinho”





Physalis Angulata, vulgo "camapu".