quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Carpaccio: do tradicional ao inusitado

Na meu passeio (virtual) diário por blogs e colunas especializadas em culinária, encontrei essas sugestões no site do UOL.
Sem grandes descrições, o objetivo é inspirar - e mostrar: é possível fugir do tradicional (e delicioso) carpaccio de carne crua.


Carpaccio de Rosbife ao molho de Ervas e Cogumelos do Badebec


Carpaccio de Melão com Presunto Parma, um dos pratos que compõe o bufê do almoço do restaurante Badebec, na capital paulista


Carpaccio de Goiaba do Badebec


Carpaccio de Beterraba com cebolinhas picadas do Badebec


Carpaccio de Salmão com Endro e Alecrim do Badebec


Carpaccio de Abacaxi com Hortelã e Pimenta-Rosa do Badebec


Carpaccio de Tomate ao molho de mostarda, queijo e alcaparras do Badebec


Carpaccio Tradicional, com fatias de carne crua, molho de mostarda, queijo e alcaparras do Badebec

Restaurante de SP serve versões de carpaccio para driblar o calorDo UOL, em São Paulo

De olho em comidas leves para o verão, a chef Lourdes Bottura, do restaurante Badebec, no hotel Sheraton, na capital paulista, preparou versões diferentes do tradicional Carpaccio. "Os carpaccios fazem sempre sucesso. O corte finíssimo dá a possibilidade de montagens superbacanas", conta a chef.

A origem do prato costuma ser creditada a Giuseppe Cipriani, fundador do Harry's Bar, em Veneza, na Itália. Segundo a história difundida pelo estabelecimento, a iguaria teria sido criada para uma frequentadora assídua, cuja dieta, prescrita por seu médio, deveria concentrar-se em carne crua.

O nome foi dado em referência ao pintor Vittore Cardpaccio, cujas cores vermelhas, da carne, e amarelas, da mostarda, lembravam, para Cipriani, a pintura do artista.

No Badebec, ele pode ser servido, além da versão tradicional, com beterraba e molho de ervas finas; goiaba com molho de mel; mostarda e mozarela de búfala e também na versão que leva melão e presunto cru, entre outros.

"Como são muito frescos, os carpaccios combinam bem com vários tipos de saladas. São crocantes e podem ser feitos com frutas da estação, legumes, com adição de molhos agridoces, castanhas, cogumelos etc.", explica Lourdes.

Os carpaccios estão disponíveis no bufê, que funciona no almoço a R$ 49,70, de segunda a sexta, e R$ 54,10, aos fins de semana.

Restaurante Badebec - Sheraton São Paulo WTC Hotel
Onde: Av. das Nações Unidas, 12599 - São Paulo - SP
Tel.: (11) 3043-9152

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fondue - podia ter sido melhor...



Comecei pelo fondue, propriamente dito.
No supermercado, em uma de minhas seções favoritas (dos laticínios), dei de cara com o fondue (de queijo, of course) (pré)pronto da Polenghi. Achei que seria uma boa ideia e levei pra casa.

Alguns dias depois, fui atrás da panela de fondue e não podia ser mais lindo: vinho português, focaccias, grissinis, jazz, minha família e.... uma decepção! Troço ruim esse fondue (pré)pronto da Polengui. Emborrachado, sem glamour. Detestei.
Resultado: fui parar num restaurante francês com queridos...
Não recomendo. Pronto, falei.

Palmiers de açúcar com canela*



* receita publicada no site Cookieshop

Foi uma paixão fulminante.
No Pará, essa delicada combinação de massa folhada + açúcar + canela, em formato de um coração espiralado tem outro nome: orelhinhas. Talvez porque lembre mesmo!
Palmiers são especialidades francesas e nasceram na década de 30 do século passado.
Se você não tem muita prática em fazer sua própria massa folhada (a minha não ficou muito boa, confesso), compre um pacote da massa pronta.
A receita não é difícil, juro, mas leva MUITO açúcar, portanto watchout!

Eu forrei meu balcão com papel manteiga. Sobre ele espalhei açúcar (refinado) e canela. Você deita a massa folhada sobre essa camada de açúcar e canela e... espalha mais açúcar e canela sobre ela.


Dobre as bordas (como se fosse uma folha de papel) em direção ao centro da massa e dobre ao meio. Enrole esses pequenos "rolinhos" em papel filme (bem firme) e leve à geladeira por uma hora (ou ao freezer, por 20 minutos).


Retire, corte (meio centímetro cada) e leve ao forno (pré-aquecido) passa assar em assadeira polvilhada com açúcar e canela. A receita original pede 180º, mas comigo não funcionou. Elevei a temperatura para 220-240º e assou direitinho.


Aì, a questão é vigiar o forno. Quando estiver dourado de um lado (cada lado levou uns 15 minutos para assar), vire os palmiers.
Quando tirar do forno, repouse sobre papel manteiga (porque o açúcar estará derretido).

Evamos combinar? Vale fazer uma camiseta com os dizeres:
I <3 <3 <3 <3 PALMIERS

=)

O dia em que decidi fazer cupcakes*



*texto originalmente publicado no site da Revista Leal Moreira. Para ler essa versão, clique aqui.

Se você ainda não conhece minha fama, aviso logo: não sou uma boleira de mão cheia. Sequer sou boleira. A Química é uma ciência que passa ao largo de minhas receitas de bolo. As claras em neve, delicadamente incorporadas à massa e que deveriam garantir-lhe leveza... estou tentando culpar as claras, mas o problema não é com elas: o bolo não senta (como dizem cá no Norte do país), não sola... ELE DORME!

É importante que vocês saibam o tipo de relação que tenho com essas belezuras, para que entendam este post. Diariamente, tenho uma lista de blogs culinários (os ‘foodies’) pelos quais costumo passear e o assunto mais comum entre eles (dias antes do Natal) era “cupcakes”. Daí que eu resolvi me dar mais uma chance. Mais uma, em prol de um objetivo maior: pequenos bolos, para um pequeno garotinho, de cinco anos ;-)

Como este espaço aqui é o filho caçula, vocês hão de saber que – por convicção – nunca quis ter micro-ondas e batedeira (leiam aqui), mas em nome de uma receita, que li no delicioso The Cookieshop, pensei: “é, acho que está na hora de rever isso...”

Saí, em meio à confusão das compras de final de ano (leia-se, shoppings ABARROTADOS de gente), determinada a comprar uma batedeira. Não foi uma KitchenAid (ainda não). Por ser a primeira, a “investidura” foi bem mais modesta.

Antes, enfrentei uma fila absurda no supermercado, para comprar os ingredientes. Com os itens da receita comprados e a batedeira novíssima debaixo do braço, fique cheia de confiança. Pensei comigo mesma: "não tem como não dar certo". Atirei-me de cabeça nesta "aventura" e só para vocês perceberem o nívem de auto-confiança, comprei as forminhas para cupcakes, além do saco de confeiteiro e bicos de pâtisserie (me internem!).

EM TESE, não há mistérios: basta seguir a receita. Mas se tem algo que aprendi na cozinha (até para me livrar do complexo de culpa): não espere um resultado fantástico de cara. A gente erra. Tem gente que erra menos, outros – na segunda tentativa – já conseguem obter um resultado bem próximo do esperado.

Segui a receita da Cookieshop com uma precisão cirúrgica. A conclusão foi: errei em algum momento, porque a massa ficou deveras amanteigada, demorou a assar... o gosto era fantástico, mas não rolou... nem de longe, visualmente, lembrava um cupcake de confeitaria.




Vocês acham que eu me abalei? Que o fato de ter errado me intimidaria? De jeito algum! Aí eu decidi improvisar.

Quando a gente tem uma “certa intimidade” com esse universo, fica mais fácil “improvisar”. O improviso – de LONGE – ficou bem melhor. Muito, muito melhor: rendeu um cupcake de chocolate meio amargo com amêndoas e amendoim (fico devendo essa receita).

Mas a cereja do bolo foi a cobertura... Vocês não têm ideia – um marshmallow de morango, facílimo de fazer. Chorei ao final de 10 minutos de batedeira.



Aí, o resto é carinho... é uma característica do ser humano: a gente come com os olhos, logo aparência conta bastante. Já que o resultado não foi sensacional, caprichei no que dava para caprichar: forminhas roxas, marshmallow de morango e confeitos (tom sobre tom), em formato de pequenos corações.


Tendo incorporado o espírito de algum chef de pâtisserie, fiz uma segunda opção de topping (ou cobertura) para o cupcake, que me agradou mais (por ser menos doce): um brigadeiro branco (leite condensado manteiga) com duas gemas peneiradas e raspas de limão siciliano (também ficarei devendo essa receita para o próximo post). Tudo pronto para a Noite de Natal. Será que o garotinho de cinco anos ia gostar?

Ah... fiquei na dúvida: afinal quem era a criança mesmo? =)

CUPCAKES FORMIGUEIRO (The Cookieshop):

Bolo Formigueiro rende 24 cupcakes

2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
200g manteiga em temperatura ambiente
2 xícaras de açúcar
4 gemas
100g de coco ralado seco (um pacotinho)
1 xícara de leite
50g chocolate granulado (ou granulados coloridos)
4 claras batidas em neve

Para o bolo

Preaqueça o forno a 180°C. Coloque forminhas de papel em duas formas para muffins de 12 buraquinhos. Reserve.

Em uma tigela grande, peneire a farinha e o fermento. Misture Bem. Reserve

Na batedeira, bata as claras em neve. Reserve.

Bata a manteiga e o açúcar até formar um creme branco e fofo. Junte as gemas, uma a uma, batendo bem a cada adição. Junte o coco ralado e bata para misturar. Junte a mistura de farinha, alternado com o leite (farinha/leite/farinha/leite/farinha). Misture o granulado.

Tire da batedeira. Junte as claras em neve, envolvendo cuidadosamente com uma colher grande para incorporar.

Encha as forminhas com a massa até 2/3 cheias. Asse por mais ou menos 20 a 25 minutos. Um palito deve sair seco quando espetado nos bolinhos.


Cobertura de morango (marshmallow)

Cobertura Cor-de-Rosa


1 xícara de água
2 xícaras de açúcar
3 colheres de sopa de gelatina de sabor morango, cereja, framboesa, etc
2 claras batidas em neve
1 colher de chá de baunilha (não usei)

Misture muito bem a água com o açúcar e a gelatina e leve ao fogo para levantar fervura, e até que o açúcar esteja dissolvido. Adicione esta mistura lentamente às claras batidas em neve, batendo na batedeira em velocidade máxima, até obter a consistência de suspiro (levei uns 10 minutos, na Kitchen-Aid). Acrescente a baunilha e misture bem.

Na decoração desses cupcakes, usei um saco de confeitar com bico perlê bem largo, formando montinhos de cobertura, e polvilhei com açúcar cristal colorido.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Quem encontrar a surpresa do bolo é rei


Janeiro é o mês oficial da galette des rois, feita de massa folhada, creme de amêndoas e... uma surpresinha

De: Roberta Malta, iG São Paulo

Daniel Briand só conseguiu atender à nossa reportagem de noite. Como muitos confeiteiros no mundo, nesta época do ano, o chef da pâtisserie que leva seu nome (tel. 61 3326-1135), em Brasília, passa todo o seu tempo esticando massas folhadas e emulsionando creme de amêndoas. Reza a tradição católica que a galette des rois deve ser consumida durante o mês de janeiro inteiro. Mas o dia oficial do bolo de origem francesa é o sexto do ano, quando são festejados os Reis Magos - Gaspar, Baltazar e Belchior, aquele trio com presentes nas mãos dos presépios de Natal. (Este, aliás, é o momento de recolher as bolas vermelhas dos pinheiros de plástico, tirar a bota de feltro verde da janela e voltar à vida real.)

O hábito de dividir o bolo com bonequinhos de porcelana ou favas para eleger o mais sortudo da mesa nem de perto tem a dimensão de reunir a família em torno de um peru no Natal ou distribuir ovos de chocolate na Páscoa. Mas deveria. O doce, além de delicioso, ainda vem com o bônus da brincadeira.
O jogo é de sorte. Mal começamos o ano e já é hora de testar quem comeu mais e melhores lentilhas no Réveillon. Funciona assim: divide-se a galette em partes iguais entre os que estão à mesa. Alguém se levanta e, escondido, determina quem fica com cada fatia. Melhor ainda, se for uma criança. Quem achar a moeda número 1 do Tio Patinhas vai ter prosperidade extra. Com fartura garantida, o sortudo deverá, ainda, oferecer ao grupo o bolo do ano seguinte -- cujos ingredientes não são exatamente baratos.

A satisfação, em compensação, é garantida. Principalmente para o coroado. O documentarista Sérgio Duran já tirou a fava na galette comprada no Sofitel do Rio de Janeiro (tel 21 2525-1206), em Copacabana, e todo ano encomenda o doce antes mesmo de dezembro acabar. O autor do bolo de lá é o chef pâtissier da casa, o francês Dominique Guerin, um dos melhores do Brasil. Duran tem razão: "Não tem como dar azar"!

Mas não é preciso caprichar tanto para participar do jogo e comer um docinho gostoso. Padarias também produzem gêneros para o ritual de Dia de Reis. As receitas, porém, são mais simples. “É parecida com a do panetone, mas com alguns ingredientes diferentes”, afirma Raquel Abrahão, proprietária da Benjamim Abrahão – Mundo dos pães (tels. 11 3258-1855/ 1385), um sucesso paulistano. Em sua versão, o bolo, em formato de rosca, leva cereja e figos secos. Vale pelo festejo. A regra, afinal, é mais uma vez reunir os mais queridos e se divertir à custa de uma guloseima pra lá de gostosa. Vai perder essa?

GALETTE DES ROIS
Ingredientes

Para a galette

500 g de massa folheada
200 g de creme de amêndoas*
1 ovo
1 fava e 1 coroa de papelão dourada

Para o creme de amêndoas

100 g de manteiga
100 g de açúcar
100 g de amêndoas em pó
25 g de amido de milho
1 colher (sopa) de cachaça
2 ovos
1 pitada de sal

Modo de Preparo

​Para a galette
Abra a massa até 3 centímetros de espessura. Corte dois círculos do mesmo tamanho. Espalhe o creme no primeiro círculo, até que fique a cerca de 2 cm das bordas. Pincele as bordas com ovo batido para colar. Insira a fava. Cole a segunda massa sobre a primeira. Aperte, com os dedos, as bordas das duas massas. Pincele com ovo batido. Risque a parte superior da massa com uma faca. Deixe descansar durante 1 hora. Em seguida, asse em forno preaquecido a 210 graus, por 50 minutos.

Dica do chef: Ao tirar do forno há a opção de pincelar a galette com um mel diluído

Para o creme de amêndoas
Bata, numa batedeira, a manteiga (temperatura ambiente), o açúcar e as amêndoas.
Pouco a pouco, acrescente os ovos sempre mexendo. Por último, incorpore a farinha e a cachaça.

Dica do chef: Utilizando uma batedeira elétrica o creme vai dobrar de volume.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Um bife paris caprichado


Comecemos pelos acompanhamentos (porque é o que vai levar mais tempo mesmo): batatinhas e cebolas assadas. Você forra aquele seu pirex com papel alumínio, deita cebolas (cortadas ao meio, minha opção) e batatas (com cascas) bem lavadas e secas. Sobre elas, despeja um generoso fio de azeite e alecrim. Cubra com papel alumínio e leva ao forno, deixe lá e vamos fazer o bife Paris.




O que é um bife Paris?
São bifes magros, geralmente de Patinho ou Coxão mole, encontrados facilmente nos açougues. Garanto a vocês: são muito saborosos. Tempere-os à gosto.
Recheie os bifes com meias cenouras (bem lavadas e limpas) e linguiças (do tipo) fininhas. Faça rolinhos e prenda com palitinhos de madeira. Numa panela, deite aquele famooooso fio mega-ultra-power generoso de azeite de oliva, refogue uma cebola (cortada em pétalas), alho bem picadinho (e tomate, se quiser) e deite os rolinhos (bifes). Sele bem a carne, refogue (se quiser usar bacon, fique à vontade - eu dispensei) e... surpresa: despeje o conteúdo de uma lata de cerveja e deixe cozer bem (você terá de completar com água - talvez). Acrescente uma folha de louro (opcional, mas faz toda a diferença) e salsinha fresca picadinha. Acerte o sal.
Tampe a panela e aproveite esse tempinho, ver seus legumes: talvez você tenha de virar as batatinhas para que possam dourar de ambos os lados. Tampe de novo e leve ao forno novamente.
Quando restar um molho denso no fundo da panela, é hora de desligar e colocar os bifes (os rolinhos) entre os legumes assados. Regue com molho e leve à mesa. Sirva quente, com um arroz branquinho.
Garanto suspiros e elogios apaixonados. O resto deixo por conta de vocês, tá? =**

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Uma foto perdida...


da fruta ((ou fruto, como queiram)) símbolo desta cozinha virtual. ;-)

Brigadeiro branco



Brigadeiro branco

Ingredientes:
- 1 lata de leite condensado
- 1 colher de manteiga
- 2 gemas (peneiradas)

Modus operandi:
- Leve tudo ao fogo, mexendo, até levantar fervura e o doce desgrudar do fundo da panela. Desligue, espere esfriar e unte as mãos com manteiga para fazer pequenas bolinhas. Passe no gergelim negro (minha escolha, mas fique a vontade).
E feliz 2012!!!!

Feliz 2012!



Que a gente possa saborear com mais frequência - e menos sentimento de culpa - as delícias da vida!

((*brownie do Famiglia Sicilia de café da manhã))