domingo, 24 de março de 2013

Essência ítalo-amazônica

(*) matéria que escrevi para a Revista Leal Moreira nº 36 (fevereiro/13)

Filha de um italiano com uma mineira, a chef paraense Ângela Sicilia ganha a Europa com surpreendentes criações gastronômicas que mesclam os tradicionais sabores da Grande Bota com ingredientes locais.
Por: Lorena Filgueiras/ Fotos: Dudu Maroja


À primeira vista, a chef Ângela Sicilia parece uma personagem, saída de um livro infantil. Ela surge toda de cor de rosa no salão, com os cabelos loiros cuidadosamente presos. A essa altura, é impossível perceber que ela está sem maquiagem, sem brincos (itens considerados proibidos para quem trabalha na cozinha) ou quaisquer outros acessórios. Na cozinha a jovem chef mostra a que veio. Exigente, curiosa e apaixonada por Gastronomia, a chef autodidata tem chamado a atenção com suas criações.
No comando da cozinha do restaurante Famiglia Sicilia há um ano (que por mais de vinte anos, em homenagem ao patriarca, chamou-se Dom Giuseppe), Angela Sicilia se destaca como uma das chefs mais talentosas de sua geração. Assumidamente apaixonada por suas origens gastronômicas, ela é uma estudiosa e com muita harmonia consegue “casar” típicos pratos italianos com ingredientes locais. Basta uma rápida olhada no menu (que vive em constante evolução) para ver ‘Arancini de pato’ (a típica entrada italiana: bolinhos feitos com arroz arbóreo), ravioli de maniçoba ou Fettucini de jambu com magret de pato e redução de tucupi. “Massas são neutras e um convite à imaginação”, afirma. E foi com misturando o trigo aos ovos, em companhia do pai, Giuseppe, que ela entrou no universo gastronômico. “A primeira coisa que ele me ensinou, de fato, a fazer, foi brigadeiro”, ri.

Voltando ao começo
Filha de um italiano com uma mineira, a Gastronomia estava predestinada a ser o caminho natural da paraense Angela Sicilia, uma vez que os próprios pais já atuavam no ramo e ela, ainda criança, ajudava a mãe na cozinha. “Eu era muito criança mesmo, mas minha lembrança olfativa quase sempre reencontra o cheiro dos molhos, do alho sendo dourado no azeite. Mesmo a comida trivial, do dia a dia, tinha cheiro e gosto diferentes, porque quando o papai entrava na cozinha, sabíamos que a refeição não seria simples, mesmo que fosse o habitual. A macarronada dele era espetacular!”, ela conta.
Com Dona Jussara, doceira hábil e de mão cheia, aprendeu os primeiros segredos dos doces que encantavam Belém na época. Com ela também aprendeu a mesclar as culinárias italiana, mineira e paraense. “De mamma Jussara lembro dos tabuleiros de pão e várias tortas, que ela fazia sob encomenda, mas ela sempre dava um jeitinho de fazer para nós. A que eu mais gostava era a de amendoim. Ficava em êxtase total quando ela me deixava comer um pouco das bordas dos bolos, que ela retirava para deixá-los perfeitos, retos”.
A cozinha estava no sangue. Dela e do irmão mais velho, o também chef e sommelier Fabio Sicilia.

Amadurecimento precoce

sábado, 23 de março de 2013

Bolo de milho cremoso com parmesão


Costumo dizer que a equação eu + café preto fumegante + bolo de milho = amor. Muito amor.
É o bolo de que mais gosto, que me evoca recordações gostosas. É meu comfort food. E o melhor: sem trigo. O ideal é fazê-lo na batedeira, para preservar as texturas do queijo ralado (e eu acrescentei coco, ¹/² xícara). Fica com uma casquinha incrível, mas espere esfriar para desenformar. Você não vai nem sentir falta do trigo :) e prepare o café preto para ser feliz.

Bolo cremoso de milho e parmesão
Ingredientes:
- 3 ovos
- 1 ¹/² xícara (chá) de açúcar
- 1 xícara (chá) de flocos de milho pré-cozidos
- 1 garrafinha de leite de coco (200 ml)
- a mesma medida (200 ml) de leite
- ¹/² xícara (chá) de queijo parmesão ralado
- ¹/² xícara (chá) de manteiga
- 1 colher (chá) de fermento em pó

Modo de fazer:
Aqueça o forno (temperatura média) e na batedeira (não no liquidificador, tá?) bata todos os ingredientes (um a um) até ficar homogêneo e coloque em uma forma untada com manteiga (eu usei antiaderente) e leve ao forno por 40 minutos ou até o palito sair limpinho. Espere esfriar para desenformar.

domingo, 17 de março de 2013

Gelatina

















Prazer, meu nome é Lorena, tenho 5 anos de idade e gelatinas me provocam sorrisos involuntários.
Brincadeiras a parte, um plano alimentar (reeducação, meus queridos) colocou a gelatina de volta aos meus dias. Não que não goste - eu gosto - mas confesso que houve algum momento em que enjoei.

Mas tô curtindo (e muito), mas tenho buscado explorar a imaginação para dar às gelatinas um gostinho menos artificial. Confesso também que, da última vez em que comi gelatina (sei lá, aos 15 anos de idade... er, "três" anos atrás...rs), os sabores eram os mesmos. De volta ao corredor "light/diet" do supermercado, me surpreendi com sabores novos: maracujá, tangerina, blueberry... e me joguei.
Minha sugestão é para as crianças. Óbvio que você não vai fazer light/diet para as crianças - e gelatina é bom sempre. Além do gostinho, tem colágeno - logo faz bem pra pele (me preocupam os corantes, o excesso de açúcar...).

Bom, voltando ao que realmente importa, faça gelatina (leia as instruções e você obterá melhor resultado se fizer de um dia para outro) e misture com frutas. Ou com iogurte.
A da foto é de tangerina, cortada em cubinhos e misturada a gomos de tangerina.
Ah, uma dica para ficar bem durinha: dissolva a gelatina em duas xícaras de água quente. Misture bem, deixe esfriar um pouco, separe em potinhos e leve à geladeira. Sua gelatina ficará mais durinha.