segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O melhor chocolate do mundo

Feito com variedade rara de cacau cultivada de forma orgânica, o Amedei Porcelana é uma joia para os cinco sentidos
Mauro Marcelo Alves, iG São Paulo



O sublime Amedei Praline Meditazione


Fachada do atelier Amedei em Pontedera

Parece que estou dando um beijo em mim mesma... Essa é a frase, naturalmente acompanhada por um longo suspiro, de uma elegante italiana numa confeitaria de Turim após colocar em sua boca carnuda o primeiro pedaço de um Amedei Porcelana. Ela havia pago algo como 10 euros por 50 g desse chocolate – simplesmente o melhor do mundo. Os suspiros da bela italiana podem se repetir por aqui, já que o atelier toscano responsável pela preciosidade indicou ao iG Luxo ter enorme desejo de encontrar um representante no Brasil.


A seleção Napolitains Singoli

Produto raro, embalado em caixas numeradas e disputado como objeto de desejo – afrodisíaco, por que não? – o Amedei é o primeiro chocolate feito com cacau de uma única variedade genética, de semente cor branca pura, daí o nome. Era cultivado já na época pré-colombiana e, de cultivo muito delicado, desapareceu do México e da Colômbia, restando hoje apenas uma pequena comunidade em Cruz, no Sudoeste da Venezuela, mantida pela Amedei de forma orgânica e sustentável. Por ano, a produção é de apenas 3 mil quilos.

No atelier em Pontedera, na província de Pisa, a “maître chocolatier” Cecilia Tessieri, que fundou a Amedei em 1990 junto com o irmão Alessio, diz que fez um longo aprendizado na França, Bélgica e Alemanha para elaborar a fina linha que ela diz “necessitar dos cinco sentidos para serem degustados. Meu trabalho consiste em exaltar os aromas do cacau de origem e criar uma nova magia do gosto, harmonizando e equilibrando os diferentes ingredientes”.

Entre eles o Napolitains Singoli, os especiais da coleção dos melhores terroirs de cacau do mundo (Madagascar, Venezuela, Jamaica, Equador, Caraibas, Trinidad e Granada), o Praliné e outro Praliné poeticamente chamado de Meditazione. Suas embalagens trazem mensagens como esta: “O chocolate é uma ideia. O sonho do belo e do gosto. O amargo e o negro da transgressão, doce e envolvente sedução”.

Seus chocolates ganham todos os anos os principais prêmios concedidos pela Academia de Chocolate de Londres, mas o tesouro maior é mesmo o Porcelana, com 70% de cacau, aroma de amêndoas torradas, delicado e intenso ao mesmo tempo, com leve nota de acidez que ajuda a compor seu sabor escandalosamente equilibrado.

Serviço:
http://www.amedei.com/jspamedei/index.html

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Certas Canções


Certas Canções
Milton Nascimento
Composição: Tunai/ Milton Nascimento


Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece
Como não fui eu que fiz?

Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor

Contos da água e do fogo
Cacos de vidas no chão
Cartas do sonho do povo
E o coração pro cantor
Vida e mais vida ou ferida
Chuva, outono, ou mar
Carvão e giz, abrigo
Gesto molhado no olhar

Calor que invade, arde, queima, encoraja
Amor que invade, arde, carece de cantar

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Atenção, atenção!


Marca de brigadeiro gourmet cria “remédio” para TPM

A embalagem, em forma de caixa de remédios, conta com oito brigadeiros de diferentes sabores
Por Época NEGÓCIOS Online
A marca de brigadeiro gourmet Maria Brigadeiro resolveu criar um “remédio” que irá combater qualquer tipo de tensão pré-menstrual, a famosa e temida TPM. Em forma de caixa de remédios, o TPM Alívio tem oito brigadeiros de diferentes sabores.

+ Chocolates de luxo “realizam desejos”

A brincadeira de apaziguar o mau humor com o doce de chocolate foi ideia da proprietária Juliana Motter, autora de "O Livro do Brigadeiro". "Sempre funciona", afirma.

A caixa está à venda por R$ 30 na loja do ateliê.

domingo, 22 de agosto de 2010

Indispensável

Noz-moscada

Ingrediente indispensável aos bolos da Maria Lúcia e aos meus molhos e cremes. Usei no creme branco (base da lasanha 4 queijos) que fiz há pouco.

Bolo de cenoura


Diariamente visito uns blogs de culinária. Quase sempre depois do almoço, quando dá um tempinho no trabalho e este aqui sempre é um passeio obrigatório.
E caí de amores pelo bolo de cenoura molhadinho que a Maria Rê havia postado. Tanto que saí do trabalho direto para o supermercado, em busca de alguns dos ingredientes por ela enumerados.
Toda serelepe cheguei em casa e ignorando meu cansaço, pus-me a fazer a receita. Ultra ansiosa. Todos sabem que os bolos não são exatamente meus amiguinhos...
Well, M.Rê, não sei o que houve... Ficou gostoso, mas muito, muito cremoso. Parecia um "quase" pudim... Não sobrou um pedaço para contar a história, todos amaram, mas confesso que eu queria a textura de bolo...
Prometo tentar novamente.
A receita da Maria Rê, você lê aqui.

O exercício sempre válido da procura


Segredos, do Frejat.

Uma rápida crônica das horas


Às 2h09 da manhã, Mari me ligou. Já dormia. Ela perguntou se caminharíamos cedinho. Ante minha negativa, desligou e eu perdi o sono.

Horário incerto, o sono voltou.

Às 7h acordei, desejosa de um pãozinho quente ('cês sabem, né? Uma viciada em pão não pode ter ter pão em casa), uma xícara de café preto fumegante. Bateu uma merecedora preguiça. Fiquei só no café com queijo branco. Enquanto sorvia o café aos goles, arrumei a cozinha, lavei a louça, varri a casa (sim, sim, tenho eu prendas domésticas, com orgulho). Ouvi Nina Simone, olhei a internet. Com a segunda (ou seria a terceira?) xícara de café na mão.
Senti saudades. Aliás, de uns tempos p'ra cá, meu nome é saudade. E, confiem em mim, nem sempre saudade é tão bom assim.
Quando a saudade aperta, algumas músicas são proibidas, bem como algumas palavras, comidas. Algumas horas deveriam ser proibidas (alguém já escreveu sobre isso, não?).
Deu tempo, em alguns minutos, de repensar tanta coisa...
Se o tempo pudesse voltar atrás, quanta coisa seria diferente! Seria diferente?

E nem havia se passado tanto tempo assim. O relógio do cel. tocou às 7h30. Recebi um telefonema, "tuitei", li outros blogs, alimentei o meu, que tanto me alimenta, em retorno.

São quase 10h, bateu um sono, uma vontade de voltar pra cama... Coloquei uma das canções proibidas, me deliciei e pensei... "afinal, para que servem as músicas?"

Sou um ser em construção, uma metamorfose ambulante. Mas um dia a minha hora chega.

(*o barato do café e o prazer que ele me proporciona)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meu bolo cabeça de nêgo

Depois de pronto, decorado com castanhas-do-Pará em lascas.

Muita gente vai dizer, depois de ler este post, que este NÃO É o bolo cabeça de nêgo. Até concordo. Os compêndios e livros (o Dona Benta, por exemplo) trazem outras receitas, mas essa é a versão que foi-me apresentada muito tempo atrás.
Mexi um 'cadinho' mais ao rechear o bolo com doce de coco e a cobertura foi uma ganache.
Faça o seu bolo de chocolate (use uma receita a qual você esteja acostumada/o), acrescente à massa 150 gramas de castanhas-do-Pará picadas grosseiramente.

Leve ao forno e quando estiver pronto, retire do forno, deixe esfriar. Recheie com doce de coco e cubra com a cobertura de ganache.


Duas observações:
#1 - use chocolate em pó, não achocolatado na massa, tá?
#2 - ganache: derreta 350 gramas de chocolate em barra. Em banho-maria. Depois de derretido, acrescente uma lata de creme de leite. Sem soro. Cubra o bolo.
Com a cobertura de ganache.

Canjiquinha


São tantos os nomes que essa delícia recebe, Brasil afora, mas cá, é canjica.
Adoro.
Essa eu fiz para um café da tarde com alguém muuuuuuuito especial.
Usei os flocos da Vitamilho.
Simples assim.

A insaciável ladra da Padaria


Ou como esta blogueira, de TPM, vira uma comedora compulsiva de carboidratos. #prontofalei =P
Cuidado, mantenha distância! rsrsrs

UM PEDIDO DE DESCULPAS: A blogger que vos escreve havia grafado insaciável incorretamente, o que já foi corrigido. Perdão, perdão...

Do Edson Leite

O bolo de goma que me faz sonhar. By Maria Alice (Bsb)

Todos que por cá frequentam e transitam, sabem da minha pouca (para não dizer "nenhuma") intimidade com bolos. Mesmo quando ficam bons, eles, er... solam, ficam tortos... enfim, meu forte não é a confeitaria. Não mesmo!
Daí que eu contei, há muito tempo, esta história aqui e um leitor, o querido Edson Leite, postou a receita que sempre dá certo com ele.
Agradeço a gentileza, o carinho com que ele me escreveu e reproduzo a receita. Ah, prometo testá-la nesse fds e conto aqui, ok?

Olá, lamento pelo seu bolo/fiasco... posso dizer que a receita estar totalmente desencontrada com a que eu costumo fazer... e tem dado certo comigo! Nem sei se você ainda estar atualizando o seu blog, mas vou deixar assim mesmo a receita do bolo de goma do piaui:
É fácil de memorizar... veja a sequência das quantidades...

1 xícara de óleo
2 xícaras de leite
3 xicaras de goma
4 ovos
sal a gosto (menos de uma colher)

Modo de preparo:
Junte o leite, óleo e sal e leve ao fogo até ferver, depois vá acrescentando a goma, mexendo bem a mistura. Acrescente os ovos, um a um, mexendo sempre.
Unte uma forma (dessas redondas com buraco no meio) com margarina e despeje a mistura. Em seguida leve ao forno por cerca de 40 minutos. Não espere que o teste do palito funcione, mesmo no momento ele sairá marcado.
Espero que desta vez dê certo. Bom apetite.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Da minha janela vejo...

Galetinho ao vinho


Daí que eu estava fazendo compras no supermercado e ao passar na sessão dos congelados, (confesso que achei uma gracinha) vi o galetinho da Sadia. "Pequeno, ideal para duas pessoas", dizia na embalagem. Como sou uma só e, se eu não tiver comensais, a comida fica rolando dias e dias, decidi levá-lo. "Não precisa temperar, basta assar".
Levei pra casa e não resisti e modificar as instruções: levei ao fogo, com um bouquet garni, vinho branco e folhas de louro. Não é um coq au vin (mas bem que podia ser, se maior fosse).
Depois de pronto, guarneci com mini-cenouras e farofa de bolachas água e sal. Tive um comensal neste dia e, ante o delicioso papo, esqueci completamente de fotografar o prato final... Desculpem a falha!

sábado, 14 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Harmonização


Por Beto Gerosa, no IG

Como escolher um vinho em um restaurante, mesmo sem entender muito do assunto
Jamais perca o sorriso diante da carta de vinhos

O sommelier, o maitre ou mesmo o garçom chega com o menu aberto, se coloca à sua frente e pergunta à queima-roupa: “Gostaria de escolher um vinho?”
Se você conhece e aprecia tintos e brancos, problema zero. A carta de vinhos é um catálogo dos rótulos à sua disposição na adega – a escolha é uma conseqüência de seu conhecimento e uma tradução de seu desejo naquele momento. O problema é que, para a maioria dos pobres mortais, este cardápio de rótulos traz mais desconforto do que orientação.

A reação mais comum é abrir aquele sorriso amarelo e admitir humildemente que não entende nada de vinho. Ok, os profissionais estão aí para aconselhar e orientar sua escolha. Mas se a ocasião for um almoço de negócios você não vai querer mostrar ignorância diante de seu convidado; se for um jantar romântico, a escolha de um bom vinho é um ingrediente a mais na sedução de sua (ou seu) parceira(o).

As cartas de vinho, assim como a crase, não estão aí para intimidar ninguém. Basta saber a forma correta de usá-las. O Blog do Vinho reuniu algumas sugestões para ajudar os neófitos a se dar bem diante de seus convidados Afinal, escolher o vinho ideal para a refeição de negócios ou aquele encontro amoroso também é uma forma de valorizar o momento.

Quer pagar quanto? – Primeira regra de ouro. Estabeleça um limite de gasto. Nem tão barato que pareça avareza nem tão caro que comprometa o orçamento e soe elitista. Mas não seja tão rigoroso, muitas vezes um pequeno acréscimo de dez ou vinte reais pode mudar de patamar a qualidade do rótulo selecionado. Tenha em mente porém que o preço nos restaurantes tem uma boa margem em relação à etiqueta das lojas e importadoras. Portanto, não fique reclamando para seu convidado dos valores da carta e nem comparando com o preço da prateleira. É, no mínimo, deselegante.

Não tenha pressa - Alguns garçons e sommeliers devem cronometrar, por puro sadismo, o tempo entre a entrega da carta e o pedido do vinho. Em geral, o tempo não é suficiente nem para você passar da primeira página do menu, lembrando que alguns cardápios são praticamente da mesma espessura dos catálogos das importadoras. Para escapar desta arapuca, reaja com calma e explique que antes de selecionar o rótulo vai escolher os pratos. Ponto a seu favor. o fato de demonstrar que se preocupa em harmonizar a comida com o vinho mostra que você tem alguma intimidade com o assunto, mesmo que seja um blefe.

Há cartas e cartas – Dependendo da carta de vinhos, há ums estratégia diferente de seleção. As que mais intimidam os consumidores são aquelas que simplesmente listam os rótulos, organizando no máximo por país. Não há qualquer dica. Outras classificam os vinhos como leves, médios ou potentes. Algumas, mais didáticas ainda, descrevem as características do produtor, da uva e do vinho e ainda propõem harmonizações. Uma mão na roda numa situação de embaraço.

RP, WS, Tre Bicchieri – Desconfie das rótulos com pontuações dos críticos em destaque. Um vinho com 95 RP (Robert Parker) ou 94 WS (Wine Spectator) ou com distinção no guia italiano Gambero Rosso são garantia de qualidade (nem sempre, vai), mas geralmente custam os olhos da cara. Afinal, o primeiro efeito de uma boa pontuação destes übercriticos é a inflação do preço, geralmente desproporcional à qualidade a mais que distinção entrega.

Tinto ou branco? – Pergunte ao seu convidado se prefere um tinto ou um branco. Antes de cometer alguma heresia, no entanto, siga algumas regras básicas: se estiver numa churrascaria, pule esta parte e encare logo a lista dos tintos. Se o restaurante for de pescados, o branco é quase uma obrigação. Massas italianas regadas a molhos vermelhos também pedem um tinto, de preferência não muito potente. Por fim, indague se tem predileção por algum país. Se o seu interlocutor tiver uma preferência, já dá para separar alguns rótulos da lista.

Não se arrisque – Este não é o momento de buscar novidades. Concentre sua atenção em rótulos mais conhecidos, em uvas internacionais. Lembre-se, seu objetivo não é surpreender, é não errar. Prefira as variedades tradicionais e mais conhecidas. A chance de acertar o paladar do seu convidado é tanto maior se você navegar por uvas do tipo blockbuster. Tintos? Cabernet sauvignon, merlot, carmenère (para os chilienos) e malbec (para os argentinos) – estes dois últimos fazem sucesso entre os consumidores brasileiros. Brancas? Chardonnay e sauvignon blanc, e olhe lá. Deixe para se arriscar entre amigos ou em outro tipo de ocasião.

Vinhos portugueses em restaurantes idem – Soa meio óbvio, mas em um restaurante especializado na culinária de algum país, escolha um vinho daquela região do mundo. Numa casa especializada em bacalhau, por exemplo, a chance de a carta ter uma boa variedade de rótulos portugueses é maior. É a escolha por afinidade, mesmo ferindo a regra anterior das uvas conhecidas, ou você é doutor em antão vaz, baga e touriga nacional, cepas de origem lusitana? A lógica vale para todos os restaurantes especializados: sejam eles franceses, portugueses ou italianos de alta gastronomia. Nem sempre funciona, porém. Em pizzarias e cantinas italianas é mais comum a lista de vinhos ser repleta de opções chilenas e argentinas por conta da variedade e preço. Aí vale a equação uvas mais conhecidas X valor.

Barato pode sair caro – Evite o rótulo mais barato da casa, mas se for esta sua opção não demonstre que este foi o critério. Nunca alardeie que a opção foi pelo menor preço. Justifique sua indicação com rasgos e elogios ao produtor, ao país, à uva ou à harmonização desejada. Se não der certo, culpe a safra. Se o vinho agradar, o baixo custo não vai fazer diferença, se for um fiasco, porém, sua sovinice ficará explícita e pode deixá-lo em maus guardanapos…

Recomendação da casa – Fuja da seleção do sommelier ou da adega especial da casa, geralmente destacada na primeira folha da carta de vinhos, muitas vezes com um moldura dourada. São os vinhos mais caros do restaurante e nem sempre combinam com os pratos, muito menos com o seu bolso.

Escolhendo o vinho, afinal – Após escanear a carta, escolher os pratos e fazer uma triagem inicial, concentre-se em dois ou três rótulos e finalmente aconselhe-se com o sommelier. Você mostra que valoriza o conhecimento do profissional, mas também demonstra que sabe o que quer e quanto está disposto a pagar. Mas não peça para ele escolher o vinho, mas sim para discorrer sobre as características de cada rótulo e apontar qual seria o mais adequada para aquela ocasião. Aí sim, aceite sua recomendação. E ao provar o primeiro gole mantenha o estilo. Gostando ou não do vinho, confirme a escolha com uma simples manear de cabeça e uma frase curta: “Está ótimo!”. E sorria.

Autor: Beto Gerosa Tags: Brancos, carta de vinhos, sommelier, Tintos
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