terça-feira, 30 de junho de 2009

O bolinho de bacalhau da Maria Lúcia


Já contei que AMO comidinhas de boteco?
Estou preparando um post inteirinho sobre as melhores comidinhas de boteco que já comi em toda minha vida. Deduzam que estou investindo uma grana preta nisso, além de finais de semana inteiros e, para minha tristeza, horas de degustação... Em antecipação ao post, coloco aqui a receita do MELHOR bolinho de bacalhau que já degustei. Não é uma receita de boteco - é uma receita da minha amada Maria Lúcia, essa avó que transformava a cozinha em uma reunião gastronômica.

Ingredientes
· 500 g de bacalhau salgado desfiado
· 600 g de batata
· 1 colher (sopa) de salsinha picada
· 1 colher (sopa) de coentro picado
· 1 cebola picadinha
· 2 ovos
· Sal, pimenta-do-reino e noz-moscada a gosto
· 2 xícaras (chá) de farinha de rosca
· 3 claras
· Óleo para fritar

Modo de preparo
1. Ponha o bacalhau de molho em água fria por uma hora. Troque a água uma vez durante esse tempo. Escorra a bacalhau e transfira-o para uma panela. Cubra com água e cozinhe em fogo baixo por três minutos. Retire o bacalhau e reserve o caldo.
2. Embrulhe o bacalhau em um pano de prato e faça movimentos para a frente e para trás, até o bacalhau ficar em fios. Ponha em uma tigela e junte a salsinha, o coentro. Reserve.
3. Cozinhe as batatas em rodelas no caldo do bacalhau reservado e passe pelo espremedor para transformar em purê. Misture o purê de batata com o bacalhau e acrescente a cebola. Tempere com a pimenta e a noz-moscada e, se necessário, corrija o sal. Incorpore os ovos inteiros e misture até formar uma massa consistente.
4. Modele os bolinhos com a ajuda de duas colheres de sopa e passe-os na farinha de rosca e depois nas claras ligeiramente batidas. Frite aos poucos em óleo quente e sirva em seguida.
Dica: Se você usar postas de bacalhau, deixe-as de molho em água fria por mais tempo para que perca o sal.
Foto: Divulgação.

Eu te amo, brigadeiro


A matéria a seguir está na "Prazeres da Mesa" e quase fez com que essa blogger lambesse a tela do notebook... =0

Brigadeiro é fashion e tem versões gourmet

Brigadeiro, por que te amo

Um roteiro gourmet para degustar esse ícone da doceria brasileira e receitas surpreendentes para enlouquecer qualquer “brigadeiro lover”.

POR LETICIA ROCHA
FOTOS: DIVULGAÇÃO

Inventado nos anos 40 por eleitoras do brigadeiro Eduardo Gomes - o brigadeiro, clássico da chamada doceria brasileira afetiva, continua imbatível. Feito de leite condensado, margarina e chocolate, esta delícia reina soberana em aniversários da meninada e festas em que parentes e amigos se reúnem para comemorar alguma data familiar importante. Confira, abaixo, um roteiro gourmet e receitas surpreendentes de enlouquecer qualquer amante desse ícone típico da mesa brasileira de acento caseiro:
● Trio de brigadeiros na colher, nas versões tradicional, pistache e capim santo
No Capim Santo, de São Paulo, SP, tel. (11) 3668-1122; capimsanto.com.br
● Bolo nega maluca, com calda de brigadeiro e shot de capim santo
No Anita, de São Paulo, SP, tel. (11) 2628-3584; restauranteanita.com.br
● Copinhos de brigadeiro
No Jean et Marie, de São Paulo, SP, tel. (11) 3044-1197; jeanetmarie.com.br
● Croissant de brigadeiro
Na Padaria Benjamin Abrahão, de São Paulo, SP, tel. (11) 3061-4004; benjaminabrahao.com.br
● Pão de mel recheado de brigadeiro
Na Quinta dos Paes, de São Paulo, SP, tel. (11) 3884-6944
● Brigadeiro e seu figurino: paçoca, côco queimado, granulado belga ao leite e meio amargo Na Confraria do Sabor, Campos do Jordão, SP. tel. (12) 3663-6550; confrariadosabor.com.br
● Brigadeiro quente servido na cumbuca
No Botequim Informal, tel. (21) 2540-5504; botequiminformal.com.br
● Mix de chocolate preto com branco e granulado colorido no copinho
No Buffet Andrea Tinoco, tel. (21) 2242-6717; andreatinoco.com.br
● Bolo, pavê, torta, docinho de colher, doce em pote para levar para casa, sorvete, enfim, uma gama de doces a base de brigadeiro
Na Amor aos Pedaços, de São Paulo, SP, tel. (11) 5502-8103 e 0800 7021300; amoraospedacos.com.br


SORVETE DE BRIGADEIRO COM CUPCAKE DE CACAU (rende 12 porções)
1 receita de brigadeiro (veja abaixo)
1 pote de sorvete de baunilha

Cupcake de cacau
150 g de manteiga
1 xícara (chá) de açúcar
2 ovos pequenos
1 xícara (chá) de farinha de trigo
½ xícara (chá) de cacau em pó
1 colher (café) de fermento em pó
Forminhas de papel próprias para cupcake


BRIGADEIRO TRADICIONAL (rende 30 unidades)
1 lata de leite condensado
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de chocolate em pó
Chocolate ao leite em raspas para confeitar
Forminhas de papel

1. Em uma panela, coloque o leite condensado, o chocolate em pó e a manteiga e leve ao fogo baixo, mexendo sempre. 2. Quando desgrudar do fundo da panela, apague o fogo e transfira para um recipiente untado. 3. Depois de frio, molde os docinhos, confeite com as raspas de chocolate e coloque em forminhas de papel.

Sorvete
1. Tire o sorvete do freezer e deixe meia hora em temperatura ambiente. 2. Transfira para um bowl, junte o brigadeiro frio e misture bem. 3. Volte para o
freezer e deixe pelo menos uma hora.

Cupcake de cacau
1. Bata na batedeira a manteiga amolecida com o açúcar. 2. Quando formar um creme branquinho, junte os ovos, um a um. 3. Adicione a farinha e o cacau peneirados, incorpore bem e desligue a batedeira. 4. Acrescente o fermento e misture delicadamente com uma espátula. 5. Distribua a massa em forminhas de papel (não é necessário untar) e asse em forno médio (180 graus) por aproximadamente 15 minutos. Sirva quente com o sorvete de brigadeiro.


BRIGADEIRO DE GIANDUIA
1 lata de leite condensado
½ lata de creme de leite
2 colheres (sopa) de cacau
50 g de pasta de gianduia

1. Em uma panela coloque o leite condensado o cacau e a pasta de gianduia. 2. Mexa até engrossar, como para qualquer receita de brigadeiro. 3. Abaixe o fogo e acrescente o creme de leite sem soro e continue mexendo mais um pouco; ele não ficará na mesma consistência que antes, vai ficar um pouco mais mole, mas assim que esfriar endurecerá mais. 4. Coloque em um recipiente e cubra a superfície com uma fita filme para não formar película.

Receita da chef Mara Mello, da Mara Mello Doces de Autor, tel. (11) 3081-5229

segunda-feira, 29 de junho de 2009

domingo, 28 de junho de 2009

Comfort Food


O termo importado designa o alimento simples, que remonta ao lar e que geralmente é feito em casa ou consumido em restaurantes pequenos, informais. Gosto mais da definição que faz referência ao alimento que tem apelo, significado emocional a uma pessoa ou grupo de pessoasl (definição da wikipedia).

A comfort food comumente não custa cara, não é sofisticada e descomplicada no processo de preparação. Muitas pessoas optam por consumir comfort food porque é um alimento que cheira a familiaridade, securança emocional ou como recompensa, depois de um dia complicado ou um período mais difícil.

As razões pelas quais um prato pode ser considerado comfort food são variadas, mas frequentemente remontam às recordações da infância. Você provavelmente já notou que crianças elegem um prato predileto com alguma frequência. O Yan ama suco de uva, por exemplo. Adora bolo salva-vida (aquele bolo tricolorido, com chocolate, leite e morango). Crianças, quando submetidas a situações de muito stress, regularmente pedem colo e... o alimento predileto. Nós, adultos, quando comemos comfort food, queremos o sentimento de continuidade, de colo, de alento.

O termo "comfort food" foi adicionado ao Dicionário Webster's em 1972.

Brasileiros têm uma relação emocional com o arroz com feijão, por exemplo. Acho que se há uma unanimidade entre nós, seria essa dupla. E para mim, o que é comfort food? A sopa de legumes da minha avó. Era a minha premiação. Cada vez menos ela faz essa sopa, porque não pode mais se expor a altas temperaturas. Me chamem de louca, se quiserem, mas adoro o lámem (miojo, para os menos íntimos). É a cara da nossa ida à feira, momento em que eu e Marília esperávamos a semana inteira. Era uma chinesa que fazia, na Ceasa de Belém. Ou caldo verde, com muito, muito azeite de oliva. Banana caramelada com canela e por aí vai... Mas, via de regra, são caldos. Caldos sempre me proporcionam um sentimento gostoso de aconchego.

Hoje estou carente de comfort food, que rapidamente solucionei: só tinha cupnoodles de carne (mas sem carne, né?), com muito azeite e cebolinha picada, além de um queijinho parmesão honesto, só para dar um gostinho a mais...



Caldo verde
Coloque batatas para cozinhar em água com sal.
Numa panela, deitei um senhor-generoso-lindo fio de azeite de oliva. Doure um pouco de alho e cebola bem picadinhos. Corte a couve bem fininha (ou compre pronta!).
O melhor é que você use paio português em casa, mas se não tiver, utilize fatias finíssimas de linguiça palito (era só para dar o gosto). Refogue tudo junto.
Quando as batatas estiverem cozidas, bata-as com a água do cozimento no liquidificador. Bata rapidamente, só para deixar alguns grumos de batata e junte à couve refogada. Talvez você tenha que acrescentar um pouco mais de água, porque tende a engrossar demais. Deixe ali borbulhando por mais uns 10 minutos e sirva em seguida!

Sassicaia - Il vino e il suo tempio


Dos vinhos que você tem que experimentar... e sonhar!

Banana com açúcar e canela


A banana é uma das minhas frutas prediletas. Já tratei sobre elas em outro post (clique aqui) e fico encantada com a variedade de pratos e sobremesas possíveis a partir de uma fruta tão comum no Brasil. Mas banana no exterior é uma fruta meio salgadinha para os padrões brasileiros de $$$ (consumo).
Toda semana, ao fazer a feira, exageramos nas compras de banana. Não gosto de comê-las muito maduras. Gosto do estágio "levemente quase passando do ponto", momento em que vira uma comfort food e vira uma sobremesa deliciosa bem rapidinho.
As melhores variedades para esta sobremesa (ou acompanhamento de um belo filé ou roastbeef, como queiram) são a banana-maçã (umas pequeninas) ou a prata.
Descasque as bananas, corte-as no sentido do comprimento e reserve. Leve uma frigideira ao fogo. Derreta uma colher de manteiga e deite carinhosamente as bananas fatiadas. Pegue um punhado de açúcar (na mão, mesmo!) e espalhe sobre as bananas. Vire-as com cuidado para não quebrar e espalhe com os dedos outro punhado de açúcar (eu sempre uso o refinado e em pouca quantidade, para não roubar o sabor da fruta). A essa altura, a manteiga com o açúcar começam a dourar quase em ponto de caramelo. Não deixe, tá? Vire e jogue canela. Desligue o fogo e com uma escumadeira, retire as fatias de banana. Coloque em uma travessa ou leve na frigideira mesmo. Eu gosto delas assim, simples.

Mas há quem prefira acompanhá-las com uma bola de sorvete de creme. As opções, a partir do momento em que estão prontas, são infinitas!
Quer outras sugestões?
Vamos lá:
- Você pode servir essas bananas quentes sobre generosas fatias de queijo branco. Fica muito bom.
- Você pode, ainda na frigideira, ralar parmesão, tampar a frigeira e levá-la à mesa. O queijo então terá derretido e ficará perfeito.
- Ou (the best), pegue duas fatias de pão de forma, passe manteiga em ambas, deite umas duas fatias de queijo mozzarellae coloque as bananas. Leve para a sanduicheira ou um tostador de lume e retire quando estiver dourado. Uma rede de fast food faz sucesso com um sanduba desse... e não é tão bom assim...
- Por fim e não por último: compre um pacote de massa filo no super e faça um strudel de banana caramelada. Você não vai se arrepender...

Uma consideração final: a mistura açúcar + canela não tinha como dar errado, desde os primórdios, porque eram especiarias, logo o sabor era delicado. Portanto, não tem como não gostar. Enquanto eu escrevia esse post, bateu um desejo doido de comer um daqueles pretzels... Aliás, tenho a receita e qualquer dia desses colocarei aqui.

Conte comigo



Do documentário vencedor de vários prêmios "Playing For Change: Peace Through Music" (Tocando por mudança: "A paz através da música", em tradução livre minha), chega a primeira de muitas "músicas pelo mundo", que foi realizado de forma independente.
Featured is a cover of the Ben E. King classic by musicians around the world adding their part to the song as it travelled the globe. (* Até que meu Ingrêis não está tão mal assim, né?)

Caríssimo, obrigada, obrigada, obrigada...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Human Nature



Não, eu não gostava do Michael Jackson. Quer dizer, não das excentricidades do cara. Mas dos três primeiros albuns dele, sou fã ardorosa. Amo de paixão o Off the wall, Thriller e Bad. Destes gosto mesmo, os tenho em casa. Tem uma música dessas que gosto bastante: Human Nature - Natureza Humana. Delicada, poética, gentil... Uma declaração de amor, bem ao feitio das que a gente carece de ouvir todos os dias.

Human Nature

Looking Out
Across The Night-Time
The City Winks A Sleepless Eye
Hear Her Voice
Shake My Window
Sweet Seducing Sighs

[2nd Verse]
Get Me Out
Into The Night-Time
Four Walls Won't Hold Me Tonight
If This Town
Is Just An Apple
Then Let Me Take A Bite

[Chorus]
If They Say -
Why, Why, Tell 'Em That Is Human Nature
Why, Why, Does He Do Me That Way
If They Say -
Why, Why, Tell 'Em That Is Human Nature
Why, Why, Does He Do Me That Way

[3rd Verse]
Reaching Out
To Touch A Stranger
Electric Eyes Are Ev'rywhere
See That Girl
She Knows I'm Watching
She Likes The Way I Stare

[4th Verse]
Looking Out
Across The Morning
The City's Heart Begins To Beat
Reaching Out
I Touch Her Shoulder
I'm Dreaming Of The Street

[Chorus]

terça-feira, 23 de junho de 2009

Pão de batata (imperdível)


Foto: Flickr

Prepare o babador, porque essa receita é o seguinte...
Especialmente, se ele tiver acabado de sair do forno. Daí você pega aquela manteiga, mais o café preto bem quentinho...

Ingredientes

3 batatas grandes
500g. farinha de trigo
1 copo de leite morno
1 colher (sopa) fermento seco para pão
1 colher (sopa) margarina
2 ovos
1 pitada de sal
3 colheres (sopa) açúcar

Modo de fazer:
Cozinhar as batatas, amassar e deixar amornar. Junte o restante dos ingredientes, fica uma massa pegajosa ainda. Faça os pãezinhos e deixe descansar por 1 hora, coberto com pano de prato. Pincele gema e leve para assar em forno pré-aquecido a 180oC até dourar.
* Receita da Akemi, creio eu.

Um manjar diferente



(*) Post reciclado, porque é campeão de pedidos. Foi receita de um brunch para o dia das mães, de 2008. Para ler esse post, clique aqui.

Eu estava morando em Brasília, quando vi essa receita em um curso de sobremesas "pá-pum". Achei inusitada. Anotei, mas nunca havia feito e decidi fazer para o brunch do dia das mães de 2008. Desde lá faz o maior sucesso!
É facílimo e tem gosto de infância:

Manjar
- 1 lata de leite condensado
- 1 lata de creme de leite
- 1 vidrinho de leite de coco
- 2 pacotinhos de Maria-mole dissolvidos em água quente

Bata todos os ingredientes no liquidificador.

Caramele uma forma (eu já ensinei o caramelo aqui, mas não custa repetir: 1 xícara de açúcar para uma xícara de água. Primeiro derrete o açúcar e depois adiciona-se a água e deixa incorporar. Quando estiver antes do ponto de fio, desligue e caramele a forma).
Despeje a mistura e leve à geladeira. É bom fazer com um dia de antecedência, para ficar bem firme. O meu ficou assim.

domingo, 21 de junho de 2009

Para poucos



Fluxo e refluxo
como já fora dito,
explosão permanente
sem inter-texto.

* Nota desta blogger: Obrigada, caríssimo...

The Gotan Project



Um dos meus favoritos. Gotan (Tango, ao contrário) é composto por franceses, encantados pelo som portenho, além dos próprios argentinos.
Essa é Mi Confesion - faixa do aclamado 'Lunatico' (XL Recordings). Dá para ouvir o CD todo, clicando aqui.

Os prediletos (ou como bateu aquela vontade...)


Legenda desta geminiana (ou a legenda que eu gostaria de ter escrito, mas copiarei muy respeitosamente do "Rainhas do Lar"): Ferrero Rocher é a prova cabal de que Deus existe e é muito, muito generoso...

Lombinho ao limão e cachaça




Uma ideia para o almoço de domingo, já que optamos por ficar em casa.
Compramos lombinho. Tivemos uma experiência não muito boa, da última vez em que compramos lombinho, porque ele ficou muito, muito ressequido. Não me ocorre agora quem fez, mas me certifiquei de que ele não ficaria assim desta vez.
Tirei o lombinho da embalagem e o coloquei numa assadeira de vidro, já forrada com papel alumínio. Reguei com meia xícara de cachaça, dispus rodelas de limão, cheiro verde picado, uns 5 cravinhos-da-índia e orégano. Cobri o lombinho com papel alumínio e levei ao forno, previamente aquecido.
Ali, envolto em papel alumínio, deixei que ele ficasse por uma hora, retirando a cada vinte minutos para regar com o caldo.
Virei o lombinho e deixei por mais uns 20 minutos, para só então retirar o papel alumínio e deixar dourar. Retirei do forno e reguei com um generoso fio de azeite.
Ficou ótimo!!! Molhadinho, tenro, suculento e não ficou nenhum gosto de cachaça (como eu já esperava).
O acompanhamento foi uma salada, al dente, regada com azeite e limão.
Ah, não sobrou um único pedaço para contar a história.

P.s.: esta blogger está desprovida de sua câmera fotográfica. Depois de uns 3 anos de muito companheirismo, ela partiu, me deixando orfã e o blog, temporariamente, desprovido de belas imagens. Mas vou providenciar uma novinha. Deixa só eu ter tempo para me coçar... Enquanto isso, vou ter que utilizar a coisinha meia-boca, que chamam de câmera vga, do meu celular...

A saladinha da irmã


Ficou molhadinho... delicioso!

sábado, 20 de junho de 2009

A paixão pelo Gullar


Metade

Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...

Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.

E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.

Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também

Ferreira Gullar

A ti, caríssimo, que entenderá perfeitamente a sincronicidade pelos últimos acontecimentos...

terça-feira, 16 de junho de 2009

O que eu não disse...

...sobre a minha ausência, nas últimas semanas:
- Desculpem. Eu sinto tanta falta deste espaço, que não é mais imaginário. Tornou-se minha fortaleza, meu divã, meu lugar secreto.

...sobre meu aniversário:
- Eu me permiti um presente diferente: comemorar, por uma semana inteira, meu aniversário. Foram 8 dias de celebrações, reencontros, momentos marcantes. Adoro o mês em que nasci. Fui abençoada por cabelos encaracolados, fitas coloridas, um céu estrelado, fogueiras nas ruas e o som da terra, que ganha as ruas da cidade nos domingos de Junho. Vivo me gabando do quanto sou sortuda. Vivo usando arruda no soutien para evitar o mal-olhado pela abundância de sorte. Vivo agradecendo. Estou mais viva do que nunca.
* Esse recado vai para minha magnífica (só eu, ela e uns poucos entenderão a intimidade do assunto): obrigada pelo amor que me depositas. Amor com recheio de baba de moça...


...sobre o dia dos namorados:
-

...sobre os ventos das mudanças:
- Cada vez mais intensos e desejados...

Um minuto de silêncio

Funeral Blues
W.H. Auden

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message 'He is Dead'.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.

April 1936


_______

Parem todos os relógios, desliguem o telefone,
Não deixem o cão ladrar aos ossos suculentos,
Silenciem os pianos e com os tambores em surdina
Tragam o féretro, deixem vir o cortejo fúnebre.

Que os aviões voem sobre nós lamentando,
Escrevinhando no céu a mensagem: Ele Está Morto,
Ponham laços de crepe em volta dos pescoços das pombas da cidade,
Que os polícias de trânsito usem luvas pretas de algodão.

Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Leste e Oeste,
A minha semana de trabalho, o meu descanso de domingo,
O meio-dia, a minha meia-noite, a minha conversa, a minha canção;
Pensei que o amor ia durar para sempre: enganei-me.

Agora as estrelas não são necessárias: apaguem-nas todas;
Emalem a lua e desmantelem o sol;
Despejem o oceano e varram o bosque;
Pois agora tudo é inútil.

(tradução de Maria de Lourdes Guimarães)

* Querido, exploraste os recônditos mais escondidos da minha alma. Não tinha segredos para ti. E hoje, com a alma desnuda, faço-te minha reverência... Em tempo.

Cruzando o Atlântico sem sair de Belém



Foi no Grêmio Português.
Um festa portuguesa, com certeza... A dissonância ficou por conta de uma banda de forró... Eu já disse que o mundo anda ao contrário e ninguém reparou...
Mas foi uma noite deliciosa, tomamos vinho (e ponha vinho nisso!!!) e falamos bobagens.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Mousse de Chocolate




Foi a sobremesa deste domingo. Dá um certo trabalhinho...

Ingredientes
1 lata de Creme de Leite
1 tablete de Classic Chocolate Meio Amargo picado
3 claras
3 colheres (sopa) de açúcar

Modo de preparo
Aqueça em banho-maria o Creme de Leite. Junte o Chocolate e mexa até que fique completamente dissolvido. Reserve. Bata as claras em neve firme. Adicione aos poucos o açúcar. Misture levemente ao creme de chocolate. Coloque em taças e leve à geladeira por cerca de 3 horas. Decore com cerejas, chantilly ou raspas de chocolate.

Rendimento: 6 porções

OU

Siga as instruções da caixa do Chocolateria, que promete (e cumpre!) uma mousse em menos de 10 minutos. Claro que eu peguei o atalho mais rápido!!!

Novas aquisições





Lindos, acetinados, de bolinhas (ou estampas). Todos da Débora Bertti. As mais recentes aquisições, da última passagem por Brasília.

Fora de época



Sem comentários...
Aliás, um único, se me permitem: presente de mãos muito, muito amadas.


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Recomendadíssimo!!!

Cadicoisa disse...

Dona Filgueiras,

Podemos ter a honra de ter o seu blog nas indicações do blog da Cadicoisa? Se não, agora é tarde... Já está lá!

beijos

Mari

O povo da Cadicoisa é ultra fofo. Aproveito para tornar público e notório meu carinho por eles... Glam! Pensem num monte de sonhos de consumo.
Para conhecer mais o trabalho deles, clique aqui.