domingo, 28 de junho de 2009

Comfort Food


O termo importado designa o alimento simples, que remonta ao lar e que geralmente é feito em casa ou consumido em restaurantes pequenos, informais. Gosto mais da definição que faz referência ao alimento que tem apelo, significado emocional a uma pessoa ou grupo de pessoasl (definição da wikipedia).

A comfort food comumente não custa cara, não é sofisticada e descomplicada no processo de preparação. Muitas pessoas optam por consumir comfort food porque é um alimento que cheira a familiaridade, securança emocional ou como recompensa, depois de um dia complicado ou um período mais difícil.

As razões pelas quais um prato pode ser considerado comfort food são variadas, mas frequentemente remontam às recordações da infância. Você provavelmente já notou que crianças elegem um prato predileto com alguma frequência. O Yan ama suco de uva, por exemplo. Adora bolo salva-vida (aquele bolo tricolorido, com chocolate, leite e morango). Crianças, quando submetidas a situações de muito stress, regularmente pedem colo e... o alimento predileto. Nós, adultos, quando comemos comfort food, queremos o sentimento de continuidade, de colo, de alento.

O termo "comfort food" foi adicionado ao Dicionário Webster's em 1972.

Brasileiros têm uma relação emocional com o arroz com feijão, por exemplo. Acho que se há uma unanimidade entre nós, seria essa dupla. E para mim, o que é comfort food? A sopa de legumes da minha avó. Era a minha premiação. Cada vez menos ela faz essa sopa, porque não pode mais se expor a altas temperaturas. Me chamem de louca, se quiserem, mas adoro o lámem (miojo, para os menos íntimos). É a cara da nossa ida à feira, momento em que eu e Marília esperávamos a semana inteira. Era uma chinesa que fazia, na Ceasa de Belém. Ou caldo verde, com muito, muito azeite de oliva. Banana caramelada com canela e por aí vai... Mas, via de regra, são caldos. Caldos sempre me proporcionam um sentimento gostoso de aconchego.

Hoje estou carente de comfort food, que rapidamente solucionei: só tinha cupnoodles de carne (mas sem carne, né?), com muito azeite e cebolinha picada, além de um queijinho parmesão honesto, só para dar um gostinho a mais...



Caldo verde
Coloque batatas para cozinhar em água com sal.
Numa panela, deitei um senhor-generoso-lindo fio de azeite de oliva. Doure um pouco de alho e cebola bem picadinhos. Corte a couve bem fininha (ou compre pronta!).
O melhor é que você use paio português em casa, mas se não tiver, utilize fatias finíssimas de linguiça palito (era só para dar o gosto). Refogue tudo junto.
Quando as batatas estiverem cozidas, bata-as com a água do cozimento no liquidificador. Bata rapidamente, só para deixar alguns grumos de batata e junte à couve refogada. Talvez você tenha que acrescentar um pouco mais de água, porque tende a engrossar demais. Deixe ali borbulhando por mais uns 10 minutos e sirva em seguida!

2 comentários:

Pit disse...

AAAAAAAAAA, eu A-MO esse caldo, nossa! Saudade sempre (de vc, do caldo, dos papos...). Bjs!

Lorena Filgueiras disse...

Esse caldo é bom demais, né? Beijocas, Pit.