domingo, 22 de agosto de 2010

Uma rápida crônica das horas


Às 2h09 da manhã, Mari me ligou. Já dormia. Ela perguntou se caminharíamos cedinho. Ante minha negativa, desligou e eu perdi o sono.

Horário incerto, o sono voltou.

Às 7h acordei, desejosa de um pãozinho quente ('cês sabem, né? Uma viciada em pão não pode ter ter pão em casa), uma xícara de café preto fumegante. Bateu uma merecedora preguiça. Fiquei só no café com queijo branco. Enquanto sorvia o café aos goles, arrumei a cozinha, lavei a louça, varri a casa (sim, sim, tenho eu prendas domésticas, com orgulho). Ouvi Nina Simone, olhei a internet. Com a segunda (ou seria a terceira?) xícara de café na mão.
Senti saudades. Aliás, de uns tempos p'ra cá, meu nome é saudade. E, confiem em mim, nem sempre saudade é tão bom assim.
Quando a saudade aperta, algumas músicas são proibidas, bem como algumas palavras, comidas. Algumas horas deveriam ser proibidas (alguém já escreveu sobre isso, não?).
Deu tempo, em alguns minutos, de repensar tanta coisa...
Se o tempo pudesse voltar atrás, quanta coisa seria diferente! Seria diferente?

E nem havia se passado tanto tempo assim. O relógio do cel. tocou às 7h30. Recebi um telefonema, "tuitei", li outros blogs, alimentei o meu, que tanto me alimenta, em retorno.

São quase 10h, bateu um sono, uma vontade de voltar pra cama... Coloquei uma das canções proibidas, me deliciei e pensei... "afinal, para que servem as músicas?"

Sou um ser em construção, uma metamorfose ambulante. Mas um dia a minha hora chega.

(*o barato do café e o prazer que ele me proporciona)

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