É véspera de mais um feriado prolongado: finados. Inevitável pensar em como a morte é enxergada com pesar e dor, especialmente por nós, latino-americanos. Belém não é diferente de outras cidades – hoje, a caminho do trabalho, notei uma movimentação bem maior (e olha que hoje é só a véspera) nas ruas e avenidas dos cemitérios.
Sempre me disseram que os orientais sabem lidar melhor com essa passagem, por razões óbvias, eles costumam acreditar que o mundo de expiações é aqui e a morte é o ticket de entrada para um mundo sem sofrimentos e dores.
Na minha família conversamos sobre a morte desde que me entendo por gente. Não estou tentando “simplificar” o processo todo, mas é um assunto comum à mesa do café de final de semana. Uma de minhas tias, a Mirna, é uma criatura adorável, inteligentíssima, doutora em Literatura luso-brasileira e num rompante (bem típico dela), ela resolveu pôr no papel todos os detalhes de seu funeral (!!!): “quero meu ritual cumprindo em detalhes. Ninguém poderá dizer que não sabe como e qual fazer”. E ainda nos incentivou a fazer o mesmo.
Bom, excentricidades à parte, comentei aqui numa outra oportunidade que estou lendo a Nigella Lawson, uma chef famosa na Europa e tem um capítulo do livro dela que trata justamente da gastronomia, culinária, mesmo, para honrar os mortos.
Não é de agora que se fala sobre refeições, enquanto rituais (ainda acho que nós, latino-americanos não damos o valor merecido ao ritual da cozinha). Também não é novo: em países como Estados unidos, o México, a Inglaterra, Irlanda, Rússia, Japão e China (há muitos outros que não me recordo agora) a morte é “celebrada” com comida. Quando um ente querido morre, é comum oferecer chás, cafés, chocolate quente, numa tentativa de aquecer o espírito. Mas há também os pães, os bolos, bolinhos de arroz, frutas para alimentar o espírito. Aliás, comida sempre foi um instrumento de afeto.
Em algumas tradições celtas, altares eram erguidos com frutas, pães, trigo e vinho. Ainda que não estejam mais entre nós, fisicamente, os mortos gostam de ser lembrados com respeito.
Sempre me disseram que os orientais sabem lidar melhor com essa passagem, por razões óbvias, eles costumam acreditar que o mundo de expiações é aqui e a morte é o ticket de entrada para um mundo sem sofrimentos e dores.
Na minha família conversamos sobre a morte desde que me entendo por gente. Não estou tentando “simplificar” o processo todo, mas é um assunto comum à mesa do café de final de semana. Uma de minhas tias, a Mirna, é uma criatura adorável, inteligentíssima, doutora em Literatura luso-brasileira e num rompante (bem típico dela), ela resolveu pôr no papel todos os detalhes de seu funeral (!!!): “quero meu ritual cumprindo em detalhes. Ninguém poderá dizer que não sabe como e qual fazer”. E ainda nos incentivou a fazer o mesmo.
Bom, excentricidades à parte, comentei aqui numa outra oportunidade que estou lendo a Nigella Lawson, uma chef famosa na Europa e tem um capítulo do livro dela que trata justamente da gastronomia, culinária, mesmo, para honrar os mortos.
Não é de agora que se fala sobre refeições, enquanto rituais (ainda acho que nós, latino-americanos não damos o valor merecido ao ritual da cozinha). Também não é novo: em países como Estados unidos, o México, a Inglaterra, Irlanda, Rússia, Japão e China (há muitos outros que não me recordo agora) a morte é “celebrada” com comida. Quando um ente querido morre, é comum oferecer chás, cafés, chocolate quente, numa tentativa de aquecer o espírito. Mas há também os pães, os bolos, bolinhos de arroz, frutas para alimentar o espírito. Aliás, comida sempre foi um instrumento de afeto.
Em algumas tradições celtas, altares eram erguidos com frutas, pães, trigo e vinho. Ainda que não estejam mais entre nós, fisicamente, os mortos gostam de ser lembrados com respeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário