terça-feira, 18 de setembro de 2007

Da França para Cachoeira do Arari

A tranquilidade da vida em Cachoeira do Arari (foto by Lorena Filgueiras)

Estive em Cachoeira do Arari um tempo atrás. À época, trabalhava em um emissora de TV e viajamos (eu, meu cinegrafista, auxiliar e um convidado) para acompanhar as celebrações em homenagem a São Sebastião. Os homens do local têm uma devoção imensa ao Santo. Tanto que criaram uma espécie de irmandade: "Os cavaleiros do Glorioso Sâo Sebastião".

Para quem não sabe onde fica Cachoeira do Arari, a cidade é no Marajó. Desnecessário dizer que há uma aura de magia por lá... encantos, mistérios.

Há um ditado: "when in Rome do it like the romans" (algo como: se estiver em Roma, comporte-se os romanos) e resolvemos, graças aos nossos cicerones, comer o famoso frito de vaqueiro.

É que os vaqueiros da ilha passam longas temporadas longe da família. Para compensar a falta da comida caseira, esses homens e suas famílias se reúnem, abatem um boi e cozinham (em grandes tachos, panelões) pedaços da carne bovina na própria gordura do animal. Essa gordura (o cozimento) ajuda a conservar a carne por longos períodos. Quando querem comer, eles retiram a quantidade que desejam e esquentam em uma frigideira (num fogareiro, óbvio!). Para acompanhar, farinha d'água. Até trouxe para Belém de tão bom...

As fotos que ilustram esse post são minhas.

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