quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Amo essa. Amo, amo, amo...


Nem tentem me dizer que é de qualidade duvidosa... Amo, amo, amo!!!!
Voyage, Voyage (Desireless) - tradução...

Acima dos velhos vulcões
Deslizando tuas asas sob o tapete do vento
Viaje, viaje, eternamente
Das nuvens aos pântanos
Do vento da espanha à chuva do equador
Viaje, viaje, voe até as alturas
Acima das capitais, das idéias fatais
Olhe o oceano

(refrão)
Viaje, viaje, mais longe que a noite e o dia
Viaje, viaje, no espaço inaudito do amor
Viaje, viaje, sobre a água sagrada de um rio indiano
Viaje, viaje e jamais retorne

Sobre o ganges ou o amazonas
Entre os negros, entre os sickhs*, entre os amarelos
Viaje, viaje em todo o reino
Sobre as dunas do saara
Das ilhas fidji ao fujiama
Viaje, viaje, não pare
Acima das cercas, dos corações bombardeados
Olhe o oceano

(refrão)

Acima das capitais, das idéias fatais
Olha o oceano

Santarém e ausência

Aconteceu tudo tão rápido e sequer tive tempo de atualizar o blog, de dizer que voltei à cozinha, de contar tudo aqui e já era hora de embarcar para Santarém. Dias corridos, muito trabalho, paisagem de tirar o fôlego.
Voltei... Mais trabalho (muito, muito mais), escreve texto, edita texto, manda para a imprensa, convoca coletiva, acompanha todos os detalhes e... meu Deus, e os textos que tinham de ter entrado na segunda-feira? Só entraram hoje (sacam que é quinta-feira?), acompanha equipe de fora, fecha os últimos detalhes de pautas, faz reunião de pauta, repassa o trabalho para quem vai substituir-me... Nossa, tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo! Mas fui e voltei de Santarém com fotos lindas na bagagem e ei-las aqui, (quase) todas!




Esta última foto é do Giuliu Volante (fotógrafo inspirado de terras "mocorongas")

Na terra dos ipês amarelos




Mais auto-retratos... em Santarém.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Saladinha + suflê de queijo


Fotografei todo o passo-a-passo do suflê... mas cadê a coragem de escrever? Xô, preguiça, que esse corpo não te pertence!

Saladinha de rúcula, com tangerina e tomatinhos




É a predileta do público de casa: alface, rúcula, gomos de tangerina e tomatinhos cereja (como não tinha, levei os "pêra"). Daí você coloca um pouco de queijo ralado, muito azeite de oliva e corre para o abraço. Um abraço feliz, naturalmente. Ah, o molho foi feito com iogurte natural desnatado + azeite + um pouco de adoçante + vinagre + ervas finas picadinhas.

Tomate-pêra


Aos montes, nas minhas mãos (e eu nem sabia que existia essa variedade... E já que falamos de fruta, eu gosto mesmo dos cerejinhas)

De vilões a mocinhos

Do: UOL


Estudos indicam que o azeite extravirgem, além de combater o colesterol ruim, diminui a gordura abdominal, aquela nociva à saúde. O ideal é consumir duas colheres de sopa por dia do óleo .


Em estudo publicado no International Journal of Obesity, 84 g diárias da fruta oleaginosa reduziram em 18% e 14% da medida da cintura dos pacientes.



Rico em gorduras insaturadas e vitamina E e boa fonte de fibras, o amendoim ajuda a aumentar a saciedade. Mas é para consumir só 40 gramas (um punhado), o equivalente a 150 kcal


Comer dois ovos no café da manhã, em lugar de pães e biscoitos, pode ajudar pessoas a perder mais peso sem perder a energia. Mas apenas em uma dieta de restrição de calorias, segundo pesquisa americana.

Estudo afirma que os ácidos fenólicos presentes no cacau ajudam a regular o apetite, pois interferem na produção de leptina. O segredo: coma o amargo, mas limite sua cota a uma barra pequena por dia, de 30 gramas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Molho de alcaparras


Esqueci de detalhar o molho de alcaparras, então ei-lo:
Bata no liquidificador as alcaparras com azeite de oliva e limão. O limão sempre dá uma cortada no sal das alcaparras. Sirva com os bolinhos...

Momento cultura T&P:
O que é a alcaparra?
Trata-se do broto de uma planta que cresce nas colinas rochosas de praticamente toda a região mediterrânea. É uma espécie da família das caparidáceas, com talos que podem crescer e atingir mais de um metro.
Assim como ocorre com as azeitonas, as alcaparras são amargas e não-comestíveis quando cruas. Antes de ir à mesa, precisam ser curadas em vinagre, salmoura ou sal puro. As de tamanho menor são as mais valorizadas, por terem consistência tenra e serem mais saborosas.

Estação das Docas e o bolinho da Amazon Beer


Noite de sábado. Três "moças" entediadas em casa, quando veio a idéia: vamos para a Estação, ver o rio, tomar um chope e jogar conversa fora. Idéia prontamente acatada e lá fomos nós.
Sentamos na Amazon Beer e pedimos uns bolinhos de macaxeira recheados com carne seca, que estavam d-e-l-i-c-i-o-s-o-s. Para completar, veio um molho de alcaparras (super simples) que deixou a iguaria beirando o divino. Papo vai, papo vem, mais alguns chopes (e eu na coca zero), caipiroscas de limão com gengibre e uns pasteizinhos de forno (recheados de provolone), voltamos para casa, mas o desejo de reproduzir o bolinho de macaxeira com carne seca já estava latente.
No dia seguinte, a epopéia: encontrar o ponto da "massa" de macaxeira e o bolinho ficou tão bom quanto. Faça aí e me conte...


O bolinho

Só uma dica: dessalgue e desfie e carne seca no dia anterior, mas não tire todo o sal (daí vc acerta o da massa para equilibrar). Tempere com cebolinhas, cebola e salsinha e reserve (para pegar o tempero) e use depois.

Para o bolinho de mandioca (ou macaxeira, cá entre os paraenses):
1 kg de mandioca cozida
2 ovos
2 colheres (sopa) de queijo ralado
1 colher (sopa) de margarina ou manteiga
Sal
Salsinha picadinha
Farinha de trigo para acertar o ponto

Recheio:
Carne seca desfiada (e dessalgada) OU queijo de minas ou meia cura cortados em cubinhos

Preparo:
Amasse a mandioca cozida com o garfo.
Junte os ingredientes em sequência, acerte o sal e o ponto da massa com a farinha de trigo. Enrole formando 1 bolinha. Coloque o recheio, molde, passe na farinha de trigo e frite.

DICAS:Para fritar não deixe o óleo muito quente e vá virando os bolinhos com a escumadeira para não estourar.
Coloque em um recipiente forrado com papel toalha.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Meus favoritos: aveia & mel

Comunhão com o universo



Cesária Évora sempre me emocionou. E nesta música, belamente dividida com Salif Keita, não há dúvidas - é possível entrar em comunhão com o universo. A música é "Yamore".

O rei comilão

Eu amei essa matéria. Está na revista Gula deste mês... Espero que gostem!


Dom João e dona Carlota Joaquina: o casal vivia em casas separadas e quem preparava a comida, para ele, nos últimos tempos de Brasil, era o português José da Cruz Alvarenga

Dom João VI não gostava só de frangos, como o retrata a caricatura. Também comia carnes e apreciava arroz de chouriço

POR J.A.DIAS LOPES
FOTOS CODO MELETTI


Muitos brasileiros lembram de dom João VI apenas como um príncipe regente ou rei que devorava seis frangos por dia, três no almoço e três na merenda. Realmente, o soberano, cuja transferência para o Rio de Janeiro, a 7 de março de 1808, junto com a corte, representou o início da formação de nossa nação, tinha apetite devorador. C.J. Dunlop, no livro Rio Antigo, volume 3 (Editora Rio Antigo, Rio de Janeiro, 1960), observa que ele cortava os frangos com as mãos sem usar talher, comendo os pedaços junto com fatias de pão torrado, sem manteiga. "Completava a refeição com quatro ou cinco laranjas da Bahia", afirma Dunlop. Alguns autores dizem que eram mangas. No final, limpava as mãos num guardanapo que, após sujar, jogava no chão. Elogiava o preparo das aves e, por isso, afeiçoou-se ao cozinheiro José da Cruz Alvarenga, vindo com ele de Portugal. Proferia uma frase simpática. "Só o Alvarenga sabe fazer os frangos como eu gosto", afirmava dom João.

Os galináceos sempre foram uma paixão dos Braganças, ou seja, de toda a sua família. Era afeição vinda de dom João IV (1608-1656), primeiro rei da dinastia, apreciador de galinha albardada - envolvida com gemas e claras batidas, frita na manteiga e temperada com açúcar. Alcançou o neto dom Pedro II (1825-1891), imperador do Brasil, fanático por canja de macuco. Uma das poucas exceções seria dom Miguel, irmão de nosso dom Pedro I. Entretanto, sua aversão, que carece de comprovação histórica, porque se baseia apenas na voz do povo, confirmaria a regra. Os mexericos diziam que ele não era filho de dom João, e sim do relacionamento da mulher deste, dona Carlota Joaquina, com o cocheiro João dos Santos. Portanto, não teria o sangue dos Braganças, apenas o Bourbon da mãe. Especulações à parte, a predileção gastronômica de dom João e de seu clã provocou transtornos no Rio de Janeiro. Os comerciantes reclamaram que a mantearia (casa onde se guarda tudo o que pertence à mesa) e a ucharia real (despensa, especialmente para carnes) arrematavam todos os galináceos nos mercados e feiras, prejudicando o fornecimento aos demais fregueses. Segundo Laurentino Gomes, no bestseller 1808 (Editora Planeta, São Paulo, 2007), só em 1820, um ano antes de o rei de Portugal, Brasil e Algarves retornar a Lisboa, a corte consumiu diariamente 513 galinhas, frangos, pombos e perus e 90 dúzias de ovos. Isso significou o total de 20.000 aves e 33 dúzias de ovos por ano e custou ao governo cerca de 900 contos de réis (quase R$ 50 milhões). É bem verdade que nem tudo era consumido pela corte. A maior parte das aves e ovos ia para os criados e soldados a seu serviço, bem como a ordens religiosas, orfanatos, asilos e hospitais. Pernas, coxas, sobrecoxas, peitos e miúdos de galinha constituíam ingredientes obrigatórios no combate às doenças e na dieta de parturientes e convalescentes.

Entretanto, dizer que dom João gostava apenas de frangos é fazer-lhe uma caricatura. Inigualável guloso, ele traçava igualmente com prazer outras comidas, como mostram as menções a gêneros que a historiadora Ana Roldão, do Museu Imperial de Petrópolis, encontrou nos cadernos de mantearia e ucharia real do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, e na Torre do Tombo, em Lisboa. Ele também apreciava as carnes bovina e suína, assim como embutidos e caças de pena e pêlo. Luiz Edmundo, na obra A Corte de D. João no Rio de Janeiro, em três volumes (Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1939), conta que também adorava arroz de chouriço. Certamente apreciava outros pratos à base desses grãos preciosos. Quando dom João chegou ao Brasil, nossa terra era uma vasta colônia extrativista. Uma de suas poucas indústrias - se é que podemos chamá-la assim - era uma descascadora de arroz autorizada a funcionar em 1766, no Rio de Janeiro, pela coroa portuguesa.

Segundo a lenda, ao longo dos 13 anos, um mês e 19 dias vividos no Rio de Janeiro, inicialmente como príncipe regente, depois na condição de rei de Portugal, Brasil e Algarves, dom João VI, homem tímido e indeciso (ainda que tais características às vezes se transformassem em ponderação e prudência), calado e contido nas emoções, só chorou duas vezes. A primeira no velório de sua mãe, a rainha dona Maria I, a Louca, falecida no Rio de Janeiro. A outra, ao regressar a Lisboa, quando se despediu da cozinheira negra que preparava sua comida diária. Ao conceder-lhe uma pensão vitalícia, movido pela gratidão gustativa, os olhos do comilão dom João se encheram de lágrimas. Esse episódio, porém, não encontra comprovação documental. A elaboração da comida real era coisa de homem. A parafernália de utensílios em metal e bastante pesados - caldeirões, panelões, tachos, potes, peneiras, alguidares, almofarizes, fôrmas para bolo, fumeiros, trempes, tripés, prateleiras e fogões a lenha, as enormes moringas de barro, gamelas e pilões de madeira para descascar arroz, triturar o grão do café e fazer paçocas - exigia braços musculosos em seu manuseio.

Que se saiba, o "mestre dos cozinheiros" ou "das cozinhas", como se dizia na época, embarcado em Lisboa com o então príncipe regente e seu acompanhante na nau capitânia Príncipe Real, chamava-se Vicente Paulino. Fez-lhe a comida com os ingredientes viáveis na travessia: peixe seco ou em salmoura, paio, chouriço, presunto, toucinho, carnede- sol, galinha e porco, temperados com alho, cebola, alecrim, pimenta, azeite, vinagre e sal. Morrendo em 1813, sucedeu-lhe o igualmente português José da Cruz Alvarenga. Não foi uma substituição tranqüila. Torres, outro chef que trabalhava na corte, disputou tenazmente o posto. Nobres e plebeus acompanharam o embate. "Ontem faleceu Vicente Paulino, mestre das cozinhas em cujo lugar hão de haver grandes cacheiradas entre Torres e o Alvarenga, porque ambos querem campar", escreveu Luiz Joaquim dos Santos Marrocos, Bibliotecário Real, em sua correspondência particular.

Derrotado na disputa, Torres se conformou e aceitou o cargo de ajudante de Alvarenga. "Isso tudo se encontra documentado em nosso acervo", assegura o historiador Carlos Ditadi, pesquisador do Arquivo Nacional, do Rio de Janeiro. Dom João VI hesitou muito em voltar para Portugal. Adorava o Brasil, sentia-se bem no Rio de Janeiro e, para completar, receava o mar e as viagens marítimas. Tentou enviar em seu lugar o filho dom Pedro, mas recuou. Sem alternativa, pois necessitava enfrentar a revolução liberal eclodida no Porto e a seguir em Lisboa, embarcou de volta a 26 de abril de 1821. Alvarenga também não queria regressar. Teve mais sorte. Aposentou-se da cozinha e continuou a viver no Rio de Janeiro, "amancebado com uma negra formosa", conforme a voz do povo.
ANTIQUARIUS
Alameda Lorena, 1884, Jardins, tel. (11) 3082-3015, São Paulo, SP.
Publicada na edição 188 (Junho/2008) da Gula

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Activia Nozes


Ele é item obrigatório do meu supermercado e esse é novidade... sabor nozes. Já gamei e comprei Activia para um batalhão. :-)
E... hãããã... esse post TAMBÉM NÃO TEVE PATROCÍNIO DA DANONE ;-p

Brigadeiros e beijinhos express




Hoje é aniversário de uma de minhas bolsistas fofas e planejamos uma surpresa para ela. Eu bem que adoraria ter passado algumas horas fazendo brigadeiros à moda antiga. As puristas (ou "os") que me perdoem, mas praticidade, em tempos de correria, é fundamental...

p.s.: não, esse post não tem o patrocínio da Nestlé... ;-)