sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Um ano em 12 meses

Sempre que chega este período do ano, entro em parafuso e quase sempre deixo para a última hora dizer aos meus queridos que os amo.

Fazia muito tempo (tempão mesmo) que não vivia tão intensamente um ano. Por isso a redundância do título desta pseudo-crônica. Espero que justifique.

Vivi um ano em 12 meses:

Realizei um festival em janeiro e foi um sucesso!

Ganhei um sobrinho, minha razão de vida, lindo e com um sorriso de amolecer qualquer coração desavisado. Ele torna meus dias mais especiais e não um único momento em que não deseje estar de volta para vê-lo

Ganhei dinheiro. Guardei um pouco. Gastei um muito. Mas tudo vale a pena, se a alma não é pequena.

Fui para Brasília e embora tenha perdido o vôo, cheguei em um avião da FAB, numa noite de lua cheia e pude ver o traço do arquiteto lá de cima. Abri mão de tudo e fui embora. Morei um tempinho fora. Realizei um sonho de estudar Gastronomia (mas a UnB não ajudou muito) e vivi a frustração de saber que o curso fora adiado para 2008.

Viajei muito. Mais do que poderia supor. Brasília, São Paulo, Argentina, Manaus, Paragominas, Parauapebas, Rondon do Pará, Cametá (que me deixou com um torcicolo brabo até agora). Viajei mentalmente para lugares mais longínquos. E se pensamento aproxima as pessoas...

Fiz aniversário. Fiz as pazes com minha mãe (depois de um mês de silêncio absoluto) e entendo que as mães – ainda que estejam erradas – sempre estão certas e nos amam incondicionalmente.

Trabalhei em um restaurante. Dormia todos os dias depois de 1 da manhã e acordava feliz, na expectativa de trabalhar um pouco mais.

Ganhei elogios de um chef francês.

Montei um blog de Gastronomia que é minha terapia.

Fui para o Ver-O-Peso quase todo sábado e cada vez que piso lá, me apaixono mais.

Tomei muito vinho.

Vim trabalhar na UFPA, tendo um rio lindo como cenário e é o que vejo da minha janela.

Amei. Deixei de amar. Chorei, chorei muito. Dormi com a sensação de que era o fim do mundo. Acordava com um gosto de esperança.

Deixei de ver uns amigos e reencontrei outros. De um punhado, não abro mão de jeito algum.

Fiz as pazes com meu pai e entendi que guardar mágoas não nos acrescenta, nem nos ajuda a crescer.

Perdi um amigo muito querido recentemente. A ele devo toda minha noção de fotografia e imagem e programas de TV e documentários.

Reencontrei ex-alunos e fiquei exultante em saber que sou bem quista e que eles guardam boas recordações (e passaram nas provas de mestrado e doutorado).

Descubro-me cada vez mais apaixonada por tudo que me cerca. Tenho uma sede incrível de viver tudo intensamente. Deixo meus medos e inseguranças para trás.

Mas falta tanta coisa... Que venha 2008. Com mais realizações, com mais amor e carinho. Sejamos gentis uns com os outros.
Um Natal repleto de harmonia e um ano novo de paz.
Amo vocês.

Lorena.

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