terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2011: Verdes dias, vermelho coração..


É fato e creio serem todos sabedores: amo vermelho. Nem saberia dizer como - e onde - tal paixão começou, mas é algo tão enraizado em mim, que deve remontar aos meus primeiros anos de vida.
E por que vermelho?
Porque vejo vida! Porque pulsa, porque é a cor do meu sangue, porque simboliza paixões, arrebatamentos, êxtase... rubores.
Porque melhora meu humor, porque sempre garante o "it", o "toque pessoal"...
De tão propalada, todos sabem dessa paixão. Não escondo não. Ah, e não há um única dia em que não haja um detalhe vermelho em mim - um brinco, meu relógio favorito, colares, bolsa....... a lista é simplesmente interminável...
Minha roupa de ano-novo já está lá, definida... vermelho. Alguns haverão de pensar: "ah, ela está em busca de amor, de paixão". E quem não está? Considero a paixão o ingrediente mais saboroso de todos. Imagine ter uma pitada dela todos os dias?!?
E é sobre os meus desejos de ano novo que eu quero falar. Porque está tão próximo, tão "na mão". Inevitável. E você, leitor, amigo, confrade, comensal, que me dá a honra de tê-lo nesta "cozinha", que acompanha os posts, deve ter notado: 2010 foi punk. Trash, eu diria. Não foi fácil, não. Mais eis-me aqui. Você, aí. Chegamos vivos, sem grandes escoriações, hematomas ou perdas significativas, certo?
Costumo dizer, embalada pelo Dalai Lama, que todo sofrimento é purificador. Eu acredito nisso com todas as forças. Creio que o que não nos mata, nos fortalece. Não me faltariam clichês para arrolar agora, mas deixemo-os para um outro momento...
Agora, enquanto escrevo esse post, minhas lembranças reavivaram e agradeço por ter tido um ano tão intenso. Foi ruim? Foi. Mas teve tanta coisa bacana, entrementes... Descobri (olha um outro clichê) que só conhecemos nossos amigos nos momentos mais complicados, delicados, difíceis. Descobri que determinadas "faxinas" - as emocionais - são deveras difíceis de serem iniciadas, mas igualmente necessárias e válidas. Depois de anos, limpei meu coração e me reconciliei com meu eu presente. Algumas pessoas saíram da minha vida e depois de tanta "inconformidade", percebo claramente que saíram para dar lugar a outros personagens reais, palpáveis.
Resolvi enfrentar alguns complexos de frente e essa "terapia" foi libertadora.
(...)
Voltemos ao cerne: 2011. Tão perto, tão promissor, pleno de expectativas. E desejos.
Um deles externarei agora e quero uma cor para tingi-lo.
Vocês pensaram "vermelho", acertei?
rs
Não, não. Será um desejo em "verde".
Ontem encontrei um LP (sim, meus caros, LP) da Leila Pinheiro e ao ouvi-lo, voltei no tempo e revivi uma infância mágica. Eu amava esse LP, tão obrigatório nos domingos entre meus tios. Lembrei que sempre que a Leila vinha a Belém, para seu anual show no Theatro da Paz, lá íamos eu, pirralha e minha tia Mirna (vizinha tão querida).
E fiquei emocionada...
Que venha 2011 a nos alimentar o verde nos olhos, o sinal verde para correr atrás das quimeras, o ar puro, o respeito ao nosso lar. Verde... todos os dias. Que a gente se permita viver intensamente, a sentir o vento e almejar que tragam boas notícias.
Porque os grandes ventos da revolução iniciaram com sussurros por mudanças...
"Verdejantes tempos... mudança dos ventos no meu coração"

Verde

Composição: Eduardo Gudin/Costa Netto

Quem pergunta por mim
Já deve saber
Do riso no fim
De tanto sofrer
Que eu não desisti
Das minhas bandeiras
Caminho, trincheiras, da noite
Eu, que sempre apostei
Na minha paixão
Guardei um país no meu coração
Um foco de luz, seduz a razão
De repente a visão da esperança
Quis esse sonhador
Aprendiz de tanto suor
Ser feliz num gesto de amor
Meu país acendeu a cor
Verde, as matas no olhar, ver de perto
Ver de novo um lugar, ver adiante
Sede de navegar, verdejantes tempos
Mudança dos ventos no meu coração
Verdejantes tempos
Mudança dos ventos no meu coração




ATUALIZAÇÃO
01.01.11
Em razão de um plantão super puxado e comemorações mais "modestas", tive de deixar o suntuoso vestido vermelho para uma outra ocasião e passei de azul.. (não se choquem, porque, para homenagear a posse da nova presidenta do Brasil, usei vermelho o dia inteiro).

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